Introdução: O Planejamento Familiar é ação em saúde que visa escolher a época de ter filhos e quanto os ter. É assegurado pela Constituição Federal de 1998, bem como pela Lei nº 9.263 de janeiro de 1996, que garante a assistência através Sistema Único da Saúde. A atenção básica é a principal responsável pela execução e aonde o enfermeiro, como integrante da equipe da saúde, assume seu papel no desenvolvimento da anticoncepção. Objetivo: O objetivo geral do presente trabalho foi realizar uma revisão integrativa sobre a atuação do enfermeiro na anticoncepção e as principais dificuldades encontradas por esse profissional. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa, o qual foi realizado através de uma pesquisa nas bases de dados online Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library (SciELO), Public Medline or Publisher Medline (PubMed) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF). Realizou-se uma busca utilizando os descritores em saúde “Anticoncepção”, “Planejamento Familiar” e “Papel do Enfermeiro” entre 1996 a 2015. Resultados: Identificaram-se oito artigos científicos publicados entre 2004 e 2010. Notou-se que o profissional enfermeiro atua desde a parte de educação em saúde voltadas para a anticoncepção até mesmo prescrevendo os métodos contraceptivos. Dentre as dificuldades encontradas pelo enfermeiro no desenvolvimento das atividades do planejamento familiar, a mais evidenciada foi à falta de autonomia para prescrever os métodos contraceptivos. As pesquisas evidenciam o despreparo dos médicos com relação ao atendimento em anticoncepção e a falta de capacitação dos profissionais de enfermagem. Outro desafio enfrentado é garantir uma livre escolha aos clientes. Conclusão: O profissional enfermeiro é essencial para o desenvolvimento das ações de orientação, educação em saúde, consulta de enfermagem voltada para o planejamento familiar, bem como a prescrição de métodos, quando estabelecida em protocolos municipais. Na prática assistencial, esse profissional enfrenta uma série de problemáticas, necessitando que os gestores do sistema de saúde, principalmente da atenção básica, aprimorem, invistam e incentivem o desenvolvimento das ações abrangidas pelo Planejamento Familiar. Referências: Ministério da saúde. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da saúde, 2013.