Sabe-se que o comprometimento da rede sanguínea, excesso de radicais livres gerados a partir da hiperglicemia além do processo inflamatório resultam no surgimento de lesões de pele e em dificuldade de cicatrização, sendo mais comum a formação de úlceras neuropáticas por diabetes. O pé diabético é conceituado como infecção, ulceração ou destruição de tecidos moles associados a alterações neurológicas e vários graus de comprometimento vascular nos membros inferiores. Este estudo objetiva relatar a experiência das enfermeiras estomaterapeutas frente ao tratamento da úlcera neuropática por diabetes melitus acompanhado no ambulatório de estomaterapia. Trata-se de um estudo descritivo caracterizado como relato de experiência, vivenciado pelas enfermeiras estomaterapeutas no cuidado de um paciente admitido no ambulatório de estomaterapia em um Hospital de ensino de atenção quaternário. Foi admitido no dia 14/08/2016. E recebeu alta da lesão no dia 28/07/16. O paciente apresentava uma lesão por amputação transmetatársica em MIE, com exsudato em grande volume serosa e colonizada, com biofilme, fibrina discreta e com tecido de granulação no leito da ferida, medindo 9,0 Cm de altura e 8,0 Cm de largura. Inicialmente a cobertura de escolha foi a Hidrofibra com Prata, para diminuir a carga bacteriana, realizar desbridamento autolítico e ajudar no crescimento do tecido de granulação. Concluímos neste estudo que a úlcera neuropática por diabetes é uma lesão complexa e de difícil cicatrização e para o sucesso na terapêutica foi necessário o conhecimento da enfermeira estomaterapeuta aliado às tecnologias disponíveis no mercado.