O desmame precoce é a introdução de qualquer outro tipo de alimento na dieta de uma criança que não seja o leite materno, antes dos seis meses de vida. Apesar dos benefícios comprovados do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) à criança até os seis meses de vida, ainda existem muitos desafios para sua efetivação. Este estudo buscou identificar os fatores que levaram ao abandono precoce do Aleitamento Materno Exclusivo em uma unidade de saúde da família no município de Sinop – MT. Pesquisa descritiva exploratória, com abordagem quanti-qualitativa, cuja população do estudo foi composta por 15 mães que tiveram filhos no ano de 2014, que realizaram acompanhamento do pré-natal na unidade de saúde estudada e que realizaram o desmame precoce. Para a coleta de dados foi adotada a técnica de entrevista semiestruturada, aplicada nos meses de novembro de 2015 a janeiro de 2016. Para a análise dos dados foi adotada a técnica de Análise de Conteúdo Temática. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o parecer n0.1.317.875/2015. Segundo o perfil das entrevistadas, a idade variou entre 20 e 34 anos, com média de 28 anos. A maioria das mães era casada 13 (86,6%), não possuía fonte de renda e 5 (33%) tinham o ensino médio completo. Dentre os fatores que favoreceram o desmame precoce destacaram-se: leite insuficiente (26,6%); retorno ao trabalho (13,3%); recusa do seio por parte da criança (6,7%); depressão pós-parto (6,7%); questões familiares (6,7%) e uso de medicamentos contraindicados para a amamentação (6,7%). Concluímos que apesar das mães entrevistadas possuírem fatores preditivos para o sucesso da prática da amamentação, estes não foram suficientes para prevenir o desmame precoce, reforçando a necessidade de apoio dos profissionais de saúde para a manutenção do Aleitamento Materno Exclusivo e prevenção do desmame precoce.