INTRODUÇÃO: Durante o período puerperal as dúvidas e anseios predominam na vida da mulher puérpera, as quais querem sanar as dúvidas com pessoas que as entendem que consideram e julga ser mais experientes e que já vivenciaram o momento em questão, essas pessoas são familiares e conhecidos, fazendo com que o ciclo de informação sobre as práticas puerperais que permeiam neste contexto passem de geração a geração. OBJETIVO: Teve como objetivo de compreender a influencia dos fatores culturais, familiares e sociais no cuidado puerperal no domicilio. METODOLOGIA: A pesquisa foi iniciada após o parecer consubstanciado do CEP, o número: 1.226.006. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva de campo de caráter exploratório, no qual a coleta de dados ocorreu por meio de entrevista estruturada. Os sujeitos que participaram desta pesquisa foram mulheres cadastradas na estratégia de saúde da família II Vila Rica do município de Arenápolis-MT e que tiveram seu pós-parto entre os anos de 2014 á 2015. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Algumas mulheres realizam as práticas de cuidados puerperais seguindo os ensinamentos e mitos de cunho cultural e social, muitas vezes desnecessários e prejudiciais a saúde interferindo na qualidade de vida e até para autoestima da mulher. Um exemplo é não lavar o cabelo no pós-parto como no relato a seguir: “Falaram pra mim não lavar a cabeça nas primeiras semanas, porque é perigoso ficar com problema na cabeça” (Flor Azaléia). Ela necessita de assistência, certamente por essa dependência ela acaba acolhendo o que lhe é oferecido, como em um relato descrito: “Fiquei na casa da minha mãe, e ficava o dia todo sem fazer nada porque ela não deixava, lá tinha uns degraus e eu não podia nem sair porque ela não deixava subir e descer e fiquei mais de 15 dias sem sair pra fora” (Flor Girassol). CONCLUSÃO: O profissional de enfermagem deve estar preparado para tal assistência e atento ao nível de entendimento e compreensão da mulher sobre o período, saber o que elas pensam a respeito, considerando suas crenças, culturas e costumes, pois cada mulher assistida possui suas necessidades individuais e pensamentos próprios. Para tanto o profissional enfermeiro adequando as necessidades de cada puérpera facilitará a assistência contribuindo para a efetivação da política de humanização á mulher no período de puerpério.