INTRODUÇÃO E OBJETIVO: O autorrelato da percepção de saúde tem se constituído como uma importante avaliação da saúde individual, sendo amplamente utilizada, e estando relacionada não somente a ausência ou presença de doenças, mas compreende todo um contexto social, físico e mental. Nos idosos, tal percepção possui relação bastante importante com as características próprias do envelhecimento, principalmente quando relacionada com a capacidade funcional, além de sofrer influências de dimensões socioeconômicas e demográficas. Além disso, com o aumento da longevidade, o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis pode interferir na percepção pessoal de saúde. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo avaliar a autopercepção de saúde entre idosos hipertensos residentes em município de pequeno porte da região centro-sul da Bahia. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de corte transversal, de base domiciliar, realizado no período de fevereiro a abril de 2013, no município de Aiquara, Bahia, Brasil, com 137 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, hipertensos, cadastrados na Unidade de Saúde do respectivo município, residentes na zona urbana. Para coleta de dados foi utilizado um formulário contendo informações sociodemográficas e autopercepção de saúde.Utilizou-se ferramentas da estatística descritiva, frequências, médias e desvio-padrão.RESULTADOS: A população do estudo foi constituída de 137 idosos hipertensos, dividindo-se em 89 mulheres (65,0%) e 48 homens (35,0%). A média de idade foi de 71,9 anos +7,28, sendo a idade máxima de 89 anos. Observou-se que a maioria dos idosos hipertensos do município (52,2%) percebem sua saúde como negativa, sendo importante ressaltar que os idosos mais jovens possuem em sua maioria uma percepção negativa (55,9%) quando comparados aos mais velhos (34,8%). Ademais, os homens hipertensos têm uma percepção de saúde melhor quando comparados às mulheres. CONCLUSÃO:Os resultados permitiram concluir à elevada autopercepção de saúde negativa pelos idosos hipertensos cadastrados na Unidade de Saúde do município. Torna-se necessário a realização de novas investigações que possibilitem compreender os fatores que influenciam esse desfecho nos idosos e quais as suas consequências.