A tuberculose (TB) constitui-se em uma das mais antigas doenças que afligem a humanidade no Brasil, assim como no mundo. No Brasil, estudos apontam que a adesão ao tratamento da TB depende principalmente do vínculo e do acolhimento proporcionado pelos profissionais ao doente durante a prática do Tratamento Diretamente Observado (TDO). A equipe de enfermagem desempenha função importante ao favorecer o aumento dos índices de adesão às práticas de saúde estabelecidas aos pacientes, atuando diretamente na promoção da saúde, contribuindo com o diagnóstico precoce da doença garantindo a adesão dos pacientes a um tratamento bem sucedido. Com o objetivo de conhecer a prática profissional do enfermeiro no Tratamento Diretamente Observado no município de São Luís – MA; relatar de que forma a estratégia do TDO colabora na condução da tuberculose e descrever a prática profissional do enfermeiro no Tratamento Diretamente Observado. Este estudo trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, realizada nas unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF) que estavam operacionalizando o modelo TDO de tratamento contra a Tuberculose. Foram entrevistados 26 enfermeiros da ESF, sendo utilizado para a coleta de dados uma entrevista semiestruturada e para análise dos resultados utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. O período da pesquisa foi compreendido entre Janeiro de 2014 a Outubro de 2014. Os dados foram analisados com base nos discursos dos entrevistados e organizados em categorias de análise adequadas aos discursos. A pesquisa respeitou a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Identificando-se que, na entrevista com os enfermeiros sobre o TDO, os participantes apresentaram discursos relacionados a diversos fatores tais como: sentimentos, atitudes e práticas cotidianas de um modelo de saúde médico-curativo, centrado mais no individuo do que na coletividade, mais na cura do que no cuidado, ora pautado em seus saberes, ora em suas crenças. Percebe-se assim, que a maioria dos entrevistados acredita que o Tratamento Diretamente Observado é de suma importância para que o paciente não abandone o tratamento e que a condução do TDO na prática profissional dos enfermeiros entrevistados aborda de forma geral o acompanhamento do paciente, mas não da forma que preconiza o Ministério da Saúde.