Introdução: Com o aumento na expectativa de vida e consequente crescimento na incidência das doenças crônicas não transmissíveis, os casos de demência têm crescido mundialmente, o que implica na necessidade de atividades de estimulação cognitiva. Tal intervenção busca resultados efetivos por meio da aplicação de protocolos estruturados com atividades sequenciais. Nesse contexto, observar o processo em que se dá a intervenção pode contribuir no direcionamento da atividade desenvolvida, permitindo modificações de acordo com as necessidades apontadas pelo observador. Objetivo: relatar a experiência de uma acadêmica do Curso de Enfermagem como observadora de sessões de estímulo cognitivo em idosos participantes de um estudo experimental. Metodologia: relato de experiência. As observações foram realizadas entre abril a junho/2016, totalizando 16 sessões, duas vezes por semana com duração de uma hora. Para a observação foi utilizado um roteiro adaptado do formulário Standard de observação de grupo operativo que era preenchido durante e após as sessões. Resultados: o observador é um dos principais elementos na pesquisa, uma vez que seu olhar possibilita melhor percepção do contexto vivenciado. No entanto, inicialmente a figura do observador pode ser estranha ao grupo uma vez que não há interação com as participantes, relação está que foi se modificando durante as sessões, por ser a observadora também participante das atividades. Uma dificuldade evidenciada foi à utilização do instrumento, pois era necessário manter a atenção, participar e transcrever. Porém, ao longo dos encontros pudemos adequar o roteiro às nossas necessidades. Com a experiência aperfeiçoamos o olhar para os aspectos verbais e não verbais que emergiam no grupo, e a utilização do instrumento se tornou mais simples. Na medida em que a pesquisa se desenvolveu foram se fortalecendo os vínculos com as idosas e facilitando tanto a observação do protocolo de estímulo cognitivo, bem como da dinâmica em que esse processo se deu. Conclusão: Em síntese, a observação se constitui em um método eficiente, pois permite uma visão integral do contexto, e possibilita a ampliação do olhar para as dinâmicas das atividades desenvolvidas. A observação pode ser um direcionador para a readequação das intervenções de acordo com as necessidades evidenciadas.Referencias: ZANINI RS.Demência no idoso: aspectos neuropsicOLÓGICOS. Rev Neurocienc 2010.