Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
SOBREVIDA DO ENXERTO RENAL DE CLIENTES DE UM CENTRO TRANSPLANTADOR DO INTERIOR DE MINAS GERAIS
Relatoria:
THAIS PEDROSO MARTINS FILBIDO
Autores:
- Fabiana Silva
- Deusdélia Dias Magalhães Rodrigues
- Elizabeth Jeanne Fernandes Santos
- Richarlisson Borges de Morais
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A doença renal crônica (DRC) é definida pela lesão do parênquima renal (com função renal normal) e/ou pela diminuição funcional renal em um período igual ou superior a três meses. No estágio terminal, a sobrevivência do indivíduo portador de DRC está condicionada à utilização de métodos de filtragem artificial do sangue, tais como hemodiálise e diálise peritoneal ou à realização do transplante renal. No transplante renal, implanta-se um rim saudável em um paciente portador de DRC. É o tratamento de escolha desde que o paciente não apresente contraindicações ao procedimento, visto que oferece melhor qualidade de vida ao doente renal, sendo mais custo-efetivo do que os tratamentos dialíticos. A sobrevida média de um enxerto renal é em torno de 10 a 15 anos, características relacionadas ao paciente que recebeu o órgão, como número de transfusões sanguíneas, transplantes anteriores; intercorrências ocorridas no momento do transplante renal, uso correto dos imunossupressores e ao próprio órgão que foi doado (doador vivo ou morto) terão impacto direto na sobrevida e funcionamento do órgão. Objetivo: Conhecer a sobrevida do enxerto ao final do terceiro ano pós transplante de clientes submetidos ao transplante renal. Metodologia Estudo retrospectivo de abordagem quantitativa, realizado em um hospital universitário de grande porte no interior de Minas Gerais, referência regional para Transplante Renal. Foram analisados dados estatísticos do período de 2010 à 2015, consultados no Sistema de Informação e Estatística Hospitalar (SIEH), o qual está disponível on-line para amplo acesso. Resultados: No período estudado foram realizados 151 transplantes renais, dos quais, 36 (23,84%) indivíduos transplantados perderam o enxerto em até três anos pós-transplante. A maioria (29/19,20%) das perdas de enxerto aconteceu no primeiro ano após o procedimento, enquanto 6 (3,97%) clientes perderam o enxerto no segundo ano e 1 (0,66%) no terceiro ano após a realização do transplante renal. Portanto, ao final do terceiro ano, a equipe transplantadora apresentou 76,16% (115) de sucesso terapêutico e sobrevida do enxerto. Conclusão: Faz-se necessárias novas pesquisas que busquem conhecer as causas de perda de enxerto para atuação precoce da equipe de saúde, viabilizando a sistematização do cuidado de enfermagem, para a prevenção das complicações no pós-transplante. Além de pesquisas que viabilizem drogas imunossupressoras que tragam menos efeitos adversos ao paciente.