Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
SAÚDE DO HOMEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA: REALIDADES DO ATENDIMENTO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Relatoria:
BIANCA MATIAS DE SOUZA
Autores:
- DIANE MACIEL RIBEIRO
- ROSA MARIA FERREIRA DE ALMEIDA
- SELMA SILVA BARROS
- MARIA DA PENHA DO NASCIMENTO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, Gestão e Política
Tipo:
Monografia
Resumo:
O Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem – PNAISH, em 2009. Alinhada à Política Nacional de Atenção Básica, uma vez que, a população masculina apresenta uma grande dificuldade em buscar os serviços de saúde por diversos fatores. Existe uma exigência, socialmente construída, de que o homem seja físico e psicologicamente mais forte, resultando em uma figura que rejeita cuidar de si, adiando ou negando tratamentos preventivos há saúde, a inclusão dos homens em ações de saúde é desafiadora, por estes em sua maioria não reconhecerem a importância do cuidado e valorização do corpo no sentido da saúde como questões sociais. Objetivou-se com a presente pesquisa identificar os atendimentos mais procurados pela população masculina e delinear o perfil desses usuários (entre 20 a 59 anos) atendidos na Unidade de Saúde da Família Oswaldo Piana de Porto Velho – RO nos meses de setembro, outubro e novembro de 2014. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa retrospectiva, para coleta dos dados optou-se por trabalhar com dados secundários. Os dados coletados foram derivados do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB e das planilhas de atendimento da unidade, vale salientar que os dados no SIAB e nas planilhas da unidade mais completos datavam destes meses e que nenhum dado de 2015 havia sido tabulado. Os resultados apontam que com relação à faixa etária, 34% são de usuários que estão acima de 55 anos, 23% entre 26 e 35 anos, 17% entre 46 e 55 anos, 13% entre 18 e 25 anos e os outros 13% estão entre 36 e 45 anos. Quanto ao estado civil 53% são casados, 37% solteiros e 10% viúvos, referente a ocupação 44% são autônomos, 22% aposentados, 19% desempregados, 9% estudantes e 6% possuem outras ocupações. Sobre os encaminhamentos, 73% não necessitaram e 27% encaminhados para centros de atendimento especializado. Dos usuário encaminhados, 38% foram para ortopedia, 25% para neurologia, 13% para dermatologia, 12% para tratamento de tuberculose e os demais 12% para tratamento de HIV. Com relação ao retorno, apenas 37% retornaram. Diante das informações apresentadas pode-se considerar preocupante a ausência de retorno por parte desse usuário, uma vez que a sequencia no atendimento, manejo e tratamento de algumas patologias podem não ser executadas de forma condizente com o preconizado. A vinculação desse usuário deve ser considerada uma barreira a ser ultrapassada pela Estratégia de Saúde da Família.