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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
GESTAÇÃO E SÍFILIS: DIFICULDADES NO TRATAMENTO
Relatoria:
GILBERLÂNDIO PEREIRA OLIVEIRA
Autores:
  • Caroline Vieira da Silva
  • Júlia Amazonas Alvim
  • Márcia Ferreira da Silva
  • Janize Silva Maia
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, Gestão e Política
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sífilis é uma doença sexualmente transmitida que data desde o século XV. Seu agente etiológico é o Treponema pallidum, uma bactéria gram-negativa de elevada resistência. Embora o tratamento e cura da sífilis estejam disponíveis desde 1928, o sucesso dos mesmos dependem da adesão do indivíduo doente e seu parceiro. Infelizmente, falhas no tratamento têm contribuído para o aumento de casos de sífilis gestacional e congênita, onde falhas na triagem sorológica durante a assistência pré-natal e a não adesão da mulher ao tratamento transformaram-na em grave problema de saúde pública. Objetivo: Descrever os principais motivos que dificultam a adesão de gestantes ao tratamento da sífilis. Metodologia: estudo de revisão tradicional da bibliografia da literatura, a partir da seguinte pergunta de pesquisa: que fatores dificultam a adesão da gestante ao tratamento da sífilis ou ao abandono do mesmo?, utilizando os descritores: Sífilis; Sífilis congênita; Doenças sexualmente transmissíveis; Comportamento sexual, nas bases de dados LILACS, SCIELO, BDENF, sendo estendida a livros e sites governamentais, em língua portuguesa disponibilizados na íntegra; publicados entre janeiro de 2005 março 2016, totalizando 40 referências. Resultado: Tanto a sífilis gestacional quanto sua manifestação congênita apresentam notificação obrigatória no Brasil, devido as complicações que agregam a saúde da mulher e concepto. Embora esta seja uma doença de fácil tratamento e curável, a mulher ainda apresenta elevada vulnerabilidade a sua infecção, principalmente devido ao sofrimento da mesma com os valores culturais machistas, sociais e reprodutivos, que a colocam submissa ao homem, favorecendo a elevação da taxa de reinfecção da doença durante a gestação e aumento da sífilis congênita. Sendo assim, os principais motivos para não adesão ao tratamento da sífilis durante o período gestacional estão relacionados à dependência econômica da mulher, fatores culturais, recusa do companheiro em aderir ao tratamento, medo de notificar o parceiro, violência doméstica e precariedade do pré-natal. Conclusão: Constata-se a necessidade de maiores esforços por parte dos profissionais de saúde que assistem a saúde da mulher no combate a sífilis, devendo haver maior efetividade das campanhas educacionais, busca ativa de companheiros e melhora na assistência pré-natal.