INTRODUÇÃO: As residências no Brasil buscam contato com o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo aos desafios de se fazer saúde, com olhar direcionado às singularidades dos indivíduos. O Programa de Residência Multiprofissional em Saúde do Adulto e Idoso com ênfase em Atenção Cardiovascular (PRIMSCAV) iniciou-se em 2012 com vagas para: Enfermagem, Nutrição, Psicologia e Assistente Social, caracterizando-se pela formação em serviço e incentivo a prática de educação em Saúde (ES). OBJETIVO: Conhecer o processo de formação dos residentes multiprofissionais sobre Educação em Saúde. METODOLOGIA: Estudo compreensivo, de abordagem qualitativa, aprovado pelo comitê de ética em pesquisa, realizado em um hospital de ensino de Cuiabá-MT, entre Agosto/2015 e Julho/2016. sujeitos do estudo quatro discentes da residência do PRIMSCAV. A coleta de dados ocorreu por meio de narrativa autobiográfica; e análise dos dados precedeu-se de leituras para separar os eixos temáticos, sendo eles: percepção do processo construtivo da formação e a importância do trabalho multiprofissional; e Experiências, saberes e a percepção sobre objetivos e práticas de Educação em Saúde. RESULTADOS: A primeira temática evidenciou que a residência multiprofissional contribui de forma efetiva no processo de formação do profissional, pois possibilita adquirir maior experiência e confiança para atuar dentro de área de conhecimento e, sobretudo, contribuí para uma pratica multiprofissional em consonância com os princípios do SUS, conseguindo, assim, promover ações mais efetivas no âmbito da educação em saúde; e a segunda mostrou que o contato usuário-profissional possibilita troca de conhecimento e o exercício da prática de autonomia para ambos, pois o usuário apreende sobre suas necessidades e potencialidades e o profissional busca conhecimentos para resolução da problemática, que envolve o processo saúde-doença, por meio da ES de forma eficaz. CONCLUSÃO: Faz-se necessário conhecer o processo de formação em educação em saúde desses profissionais que ingressam na residência para que as intervenções de prevenção e promoção de saúde com os usuários sejam entendidas e praticadas de forma mais humanizada e efetiva, de acordo com a realidade da população assistida no local e com base nos princípios da integralidade do SUS. REFERÊNCIA: CECCIM, R.B.; FERLA, A.A. Educação e saúde: ensino e cidadania como travessia de fronteiras. Trab. educ. saúde, Rio de Janeiro, v.6, n.3, p.443-456, 2008.