INTRODUÇÃO: Estudos demonstram que em países subdesenvolvidos, a ampla diferença no acesso a serviços de saúde, bem como nas condições de saúde apresentadas por seus habitantes, são reflexo dos elevados índices de desigualdade socioeconômica entre sua população. Sendo assim, a atenção prestada por parte da equipe de saúde, quanto à detecção de situações que geram vulnerabilidade a saúde da mulher no referido período, vem se tornando uma política de saúde cada vez mais imprescindível para a redução nos índices de morbimortalidade materno-infantil (DUARTE, ALMEIDA, 2014). OBJETIVO: Descrever o perfil socioeconômico e obstétrico das mulheres atendidas em consultas de pré-natal e puerpério em uma UBS no município de Tangará da Serra, Mato Grosso. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo exploratório com delineamento transversal, e abordagem quantitativa. Na coleta de dados foi utilizado instrumento semiestruturado para entrevista e informações contidas em prontuários de 18 puérperas cadastradas nesta UBS, que pariram no período de maio de 2015 a fevereiro de 2016. RESULTADOS: Houve predomínio de jovens adultas, em situação conjugal fixa 78%, com nível médio completo de escolaridade 39%, do lar 50%, possuindo renda de até três salários mínimos 88%; primigestas 67%, com antecedentes familiares de Hipertensão Arterial 67% e Diabete Mellitus 44%; que aderiram ao pré-natal no primeiro trimestre gestacional 56%, frequentaram a sete consultas ou mais 67%, havendo altos índices de pré-eclâmpsia 39% e cesarianas 61%, sendo que a maioria realizou consulta puerperal 61%. CONCLUSÃO: Conclui-se que os resultados gerados por essa análise permitem reconhecer as maiores necessidades de atendimento, determinar as prioridades de intervenção e rever as ações dirigidas às mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal para garantir um atendimento abrangente ao longo deste período.