INTRODUÇÃO: A assistência prestada à mulher nas diferentes fases da sua vida é caracterizada por peculiaridades. Ao decorrer do tempo a mulher passa a refletir sobre a modificação das suas necessidades de saúde, onde nem sempre os profissionais de saúde apresentam-se aptos a acompanharem suas demandas de forma integral. OBJETIVOS: Relatar as percepções de acadêmicas de enfermagem ao desenvolver atividades práticas na disciplina Estágio Curricular I: módulo saúde da mulher. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por acadêmicas do curso de enfermagem da Escola de Enfermagem de Manaus da Universidade Federal do Amazonas, durante o mês de julho de 2016, no período da disciplina de estágio curricular I no módulo de saúde da mulher, vivenciado em vários campos de prática buscando prestar assistência nas diversas fases da vida feminina, desde o atendimento nas unidades básicas de saúde e maternidade ao acompanhamento das mudanças vivenciadas durante o climatério. RESULTADOS: Percebeu-se que a atenção à saúde da mulher, principalmente dentro da atenção básica, é voltada apenas para a saúde sexual e reprodutiva de jovens, negligenciando as consultas que devem ser realizadas para acompanhamento do climatério e orientações sobre as atividades sexuais nesta fase. Além disso, foi perceptível o despreparo das equipes de saúde para manejar os casos de violência de gênero, quer contra jovem ou idosa. Tais negligências e despreparos ocasionam o rompimento do cuidado integral e universal, gerando iniquidades assistenciais. CONCLUSÃO: Em vista das percepções aqui expostas, sem dúvidas todas as experiências foram capazes de despertar o desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional, proporcionando o desenvolvimento de habilidades práticas, novos saberes e competências. Deste modo a vivência do acadêmico nos campos de cuidado do Sistema único de Saúde (SUS) gerou impacto e reflexão sobre a forma em que o cuidado é produzido e ofertado. REFERÊNCIAS: COELHO, E. A. C, et al. Integralidade do cuidado à saúde da mulher: limites da prática profissional. Esc Anna Nery Rev Enferm, v.13, n.1, p.154-160, 2009.