INTRODUÇÃO: A partir da criação do Sistema Único de Saúde, surgiu o desafio da implementação de seus princípios dentro das particularidades de cada área e nos diferentes níveis de atenção. Tal fato é evidenciado pelas constantes modificações e aperfeiçoamento das políticas públicas, um dos exemplos mais recentes é a Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde que objetiva implementar uma rede organizada de cuidados que assegurem às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e atenção humanizada no ciclo gravídico e puerperal, bem como a garantia ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Essa política visa estruturar e organizar o serviço de saúde materno-infantil de forma gradativa, considerando perfil epidemiológico e indicadores de cada localidade. Objetivo: Descrever os resultados da experiência de rodas de conversa sobre humanização na assistência em Ginecologia e Obstetrícia (GO). Metodologia: Relato de experiência sobre rodas de conversa com equipes de enfermagem de uma clínica GO de um Hospital de Ensino, como subsídio para a criação de um Protocolo Institucional de Humanização da assistência materna-infantil. As discussões ocorreram em dezembro de 2015. Resultados e discussões: A cada técnico de enfermagem foi designado um problema e propor estratégias de solução. Os problemas discutidos foram: Atenção Humanizada ao Abortamento e Óbito Fetal; Ética durante a passagem de plantão a beira leito; Abordagem às puérperas com RN internados na UTI Neonatal; Humanização no Parto e ao acompanhante; Humanização à Gestante com DST; Humanização à mãe adolescente e à vítima de violência sexual. Devido problemas estruturais e reformas ainda não concluídas, as propostas não foram implementadas até o momento, porém foi gerado um relatório após as discussões e encaminhado à comissão de Humanização da instituição para que providências sejam tomadas. Conclusão: A construção do SUS apresenta constante desafio diante da complexidade da integração de seus princípios norteadores, no entanto, é necessário compreender que essa construção é coletiva, através de profissionais e usuários e a humanização é produto desse processo, sendo possibilitada mediante constantes reflexões promovidas no cotidiano de trabalho. Referências: MAIO, Marcos Chor; LIMA, Nísia Trindade. Fórum. O desafio SUS: 20 anos do Sistema Único de Saúde. Introdução. Cad. Saúde Pública. vol. 25. n. 7. p. 1611 – 1613. 2009.