INTRODUÇÃO: O desenvolvimento de práticas educativas durante o pré-natal é fundamental para, dentre outros aspectos, aumentar o nível de informação das parturientes a respeito do seu parto e de seus direitos sexuais e reprodutivos, fornecendo instrumentos para assumir uma postura mais ativa e autônoma. OBJETIVO: Relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de Enfermagem em uma ação educativa sobre os direitos da mulher durante o trabalho de parto. METODOLOGIA: Estudo descritivo, na modalidade de relato de experiência de acadêmicas de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), campus Tangará da Serra-MT em uma ação do projeto de extensão: “Assistência pré-natal de enfermagem a trabalhadoras gestantes de um frigorífico em Tangará da Serra-MT”, realizada com 11 gestantes com atividades laborais em um frigorífico, em fevereiro de 2016. O projeto foi aprovado e institucionalizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UNEMAT, sob o parecer nº 047/2015-PROEC. RESULTADOS: Os direitos abordados e discutidos foram: direito ao acompanhante, ao protagonismo da mulher, a mínima interferência médica, a informação adequada, a liberdade de movimentação e posição, a escolha da via de parto e de procedimentos obstétricos a serem realizados ou não (como por exemplo, a episiotomia), a atenção humanizada e segura, e ainda, sobre os direitos após o parto, que envolve o alojamento conjunto, amamentação, puerpério e puericultura. Foi possível observar um amplo interesse das gestantes em conhecer os seus direitos, fato importante à promoção da autonomia de mulheres e famílias. Pois, comumente, a produção do cuidado pauta-se em uma concepção tecnicista, limitando o desenvolvimento da autonomia da mulher e a sua coparticipação no processo de cuidado. CONCLUSÃO: Conclui-se que as gestantes foram sensibilizadas sobre os seus direitos sexuais e reprodutivos, tornando-as multiplicadoras de informações. Ressalta-se que o adequado cuidado à saúde da mulher gestante deve considerar o protagonismo delas no processo. Para as acadêmicas de enfermagem, a vivência permitiu o aprimoramento dos saberes teórico-prático.