INTRODUÇÃO: a gravidez é um momento importante na vida da mulher por acarretar mudanças biológicas e sociais que vão além do parto. Ter um filho gera a necessidade de reorganização pessoal e social, que resulta em mudança de identidade e nova definição de papéis, juntamente com as modificações orgânicas e psíquicas. Nesse momento de profundas transformações a mulher necessita de apoio por parte de pessoas que possam ajudá-la. OBJETIVO: conhecer a rede de apoio à mulher no puerpério tardio. METODOLOGIA: trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem qualitativa. As participantes do estudo foram dez mulheres primíparas no período tardio do puerpério. A coleta de dados ocorreu na Unidade Básica de Saúde Santa Cecília (Porto Alegre, RS). A coleta de informações foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados por meio de Análise de Conteúdo proposta por Bardin. Da análise emergiram quatro categorias e duas serão abordadas neste trabalho: “Apoio Familiar: importante e indispensável” e “Apoio Extrafamiliar: esclarecendo dúvidas ameaçadoras e confortando”. RESULTADOS: no estudo percebeu-se que o apoio familiar e extrafamiliar são importantes no puerpério. As dificuldades são superadas mais facilmente quando ocorre o suporte à mulher, tanto familiar como extrafamiliar. A rede de apoio à puérpera é formada principalmente pela família, mas também por amigos, madrinhas da criança e profissionais da saúde. No geral as mulheres da família apoiam nos cuidados com a criança e nos afazeres domésticos, tendo a mãe da puérpera papel importante. Já no âmbito extrafamiliar os profissionais da área da saúde são considerados importantes no apoio informacional, pois transmitem segurança à mulher para desempenhar seu papel de mãe e cuidadora. Amigos apareceram no estudo como importantes, principalmente no apoio psicológico e afetivo.