A Síndrome do Desequilíbrio Dialítico (SDD) é uma complicação clínica que acomete o sistema neurológico. Supõe-se que seja causada pelo gradiente osmótico transitório criado devido à filtração rápida da ureia plasmática, causando assim, edema a nível central pela transição de solvente do meio intravascular para o interstício. Dentre os sinais e sintomas clínicos que o indivíduo pode apresentar pode-se citar a cefaleia, náuseas, vômitos, coma e, em casos mais graves, pode ocorrer uma lesão cerebral irreversível ou/e óbito. Tendo em vista que os sinais e sintomas genéricos no início da síndrome podem ser confundidos com outras complicações clínicas agudas, a sua identificação e intervenção precoce do profissional de saúde podem ser comprometidas. Diante disso, o estudo objetivou analisar na literatura científica o relato e registro dos sinais e sintomas da SDD e se estes estão esclarecidos para os profissionais. O método de estudo foi uma revisão integrativa de literatura, realizada de abril a julho de 2016, nos seguintes bancos de dados: BVS, MEDLINE, LILACS e GOOGLE SCHOLAR. Adotou-se como critérios de inclusão os artigos apresentados na língua portuguesa; gratuitos, disponíveis na íntegra e publicados no período de 2006 a 2013. Adotou-se como critérios de exclusão, o tempo de publicação superior há 10 anos, artigos em duplicidade, aqueles que não se relacionavam com o objetivo do presente estudo, os que não foram realizados no Brasil, teses, dissertações, livros e capítulos de livros. Foram encontrados 2.927 (dois mil novecentos e vinte e sete) textos e aplicando os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos, obteve-se como amostra final 5 artigos pertinentes, sendo 1 (um) encontrado no BVS e 4 (quatro) encontrados no GOOGLE SCHOLAR. Nas demais bases de dados estudas não foi encontrado nenhum texto pertinente. Todos os textos encontrados afirmam que cefaleia e náuseas podem ocorrer devido a SDD, porém, nenhum esclarece os mecanismos fisiopatológicos e a relação entre a SDD e os sintomas apresentados pelo paciente. A partir dos resultados encontrados, conclui-se que há uma escassez de pesquisas sobre o assunto, visto que nenhum artigo registra ou cita a fisiopatologia ou os sintomas relacionados à SDD. Sugere-se a realização de pesquisas científicas para compreender o mecanismo fisiopatológico correlacionando os sinais e sintomas da SDD a fim de subsidiar o cuidado ao paciente em terapia renal substitutiva, prevenindo a ocorrência desta complicação.