Introdução: O Brasil passou a ser o principal país a utilizar agrotóxicos. No período de 2007 a 2012 foram notificados 44.784 casos de intoxicações com 100 óbitos, em Rondônia obteve-se 518 intoxicados e 2 óbitos. As principais classes de agrotóxicos são os inseticidas e herbicidas: sua absorção pode ser oral, inalatória e dérmica. Diante a exposição aos agrotóxicos sua contaminação pode ser evitada utilizando adequadamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) sendo: luvas, botas, calça, jaleco, avental impermeável, viseira facial, respirador e o boné árabe, tendo que ser usados concomitantemente. O manuseio do agrotóxico podem causar sinais e sintomas de origem aguda que surgem de imediato e o crônico causado por exposição continua e prolongada. Objetivos: Identificar os sinais e sintomas relatados pelos produtores rurais, métodos utilizados para evitar possíveis intoxicações e os agrotóxicos mais utilizados. Metodologia: Desenvolvido a partir de um projeto guarda-chuva. Aplicado a 28 trabalhadores rurais do município de Monte Negro.Foi utilizado questionário adaptado da (Secretaria de Estado da Saúde) SES – Paraná 2013. Resultados: Verificou-se que o manuseio do agrotóxico predomina no sexo masculino 95,56%. As classes dos agrotóxicos mais citados foram 12 herbicidas e 5 inseticidas. Dos trabalhadores 53,57% não utilizam nenhum EPI, e quando usado é de forma inadequada.Os entrevistados que fazem uso dos EPI’s foram os que mais apresentaram sinais e sintomas sugestivo de intoxicação. A amostra apresentou um total de 170 sinais e sintomas sendo maioria efeitos muscarínicos 33%, SNC 32%, sugestivos de intoxicação aguda. Considerações finais: O escasso conhecimento sobre a forma correta de proteção, foi a principal agressão a saúde da população. A próxima etapa da pesquisa será a realização de avaliação de amostras sanguínea e avaliação clínica para diagnosticar se estes sinais e sintomas são compatíveis com intoxicação aguda ou crônica. E necessário que o profissional de saúde atue com medidas preventivas juntamente com órgãos fiscalizadores quanto ao uso do agrotóxico em linguagem clara e objetiva para minimizar os riscos e efeitos a saúde destes trabalhadores.