O agrotóxico tem sido utilizado em grandes escalas por agricultores rurais, estes que muitas vezes não sabem como manusear o defensivo agrícola, não obedecendo às normas vigentes para diminuir a exposição aos produtos. Desta forma, muitos agricultores acabam se intoxicando por conta da alta exposição aos agrotóxicos, o que gera preocupação e se torna um tema muito debatido no País. Este trabalho objetiva um levantamento do perfil de trabalhadores rurais do município de Ji-paraná. Desenvolvido a partir de um projeto guarda-chuva. Aplicado a 27 trabalhadores rurais do município de Ji-Parana.Foi utilizado questionário adaptado da (Secretaria de Estado da Saúde) SES – Paraná 2013. Dos pacientes atendidos 92,59% eram homens e , com idade média de 43,59 anos, dos agricultores atendidos 44,44% possuem ensino fundamental incompleto, 29,64% com fundamental completo, 22,22% com ensino médio completo e 3,7% analfabetos. A média de salário familiar é de 2,2 salários mínimos mensalmente, em relação à propriedade 59,27% possuem de 11 a 50 hectares, onde em 62,96% das propriedades o trabalho se restringe ao trabalhador e a família em alguns casos, sem a utilização de mão de obra terceirizada, o abastecimento hídrico das casas em 96,29% é provinda de poços. Os agrotóxicos mais utilizados pelos agricultores são roundup e gramocil, o período de carência dos mesmos não é respeitado, sendo que os produtores (55,56%) comercializam os produtos. Quanto à participação no processo de aplicação dos agrotóxicos 92,59% participa de todas ou da maioria das etapas. Os equipamentos de proteção individual são de suma importância para se evitar a exposição direta do aplicador com o produto, mas a pesquisa mostrou que 88,88% dos agricultores não utilizam ou utilizam inadequadamente os EPI’s. As informações contidas no rótulo, principalmente quanto à aplicação não são respeitadas ou são seguidas parcialmente por 88,88% dos produtores e 25,92% aumentam a dosagem por acreditar que se obterá um efeito mais rápido. Quanto às embalagens 88,88% dos agricultores as guardam em depósitos de madeira e os devolvem para casas agropecuárias. Diante do exposto é possível observar a vulnerabilidade na qual o agricultor rural se encontra, pois juntando fatores como a baixa escolaridade, a forma de aplicação dos produtos, o não cumprimento das indicações presentes na bula do agrotóxico, o leva a ter maiores chances de ser intoxicado, muitas vezes por falta de instrução especializada de profissionais.