Introdução: Anemia Falciforme têm-se apresentado como um problema de saúde pública que mostra em estudos epidemiológicos as altas taxas de morbimortalidade em crianças e jovens. É compreendida como uma hemoglobinopatia que compromete a estrutura da hemoglobina S das hemácias. Esta alteração quando ativada ao nível celular promove a vaso-oclusão, desoxigenação, isquemia, dor aguda, entre outros sintomas, considerada como condição crônica que demandam cuidados permanentes e exigem alta complexidade ao sistema de saúde com repercussão na sociedade. Objetivo: recolher e analisar as produções científicas nos últimos cinco anos relativas à Anemia Falciforme na infância evidenciando como a doença é abordada nos trabalhos. Metodologia: trata-se de uma revisão narrativa dos anos de 2009 a 2013 de abordagem qualitativa. A busca procedeu nas bases de dados LILACS, IBECS, MEDLINE, BIBLIOTECA COCHRANE e ScIELO, e foram encontrados 21 trabalhos, os quais abordaram dois temas principais e vinte e seis subtemas. Este foi organizado no seguinte eixo de análise: os achados da Anemia Falciforme na infância e o cuidado à saúde com enfoque étnico-racial da temática. Resultados: a área da enfermagem mostrou a sua abrangência de atuação; maior número de publicações foi na região sudeste; e a menor abordagem étnico-racial que envolve a doença; quanto ao sistema de saúde, revelam a complexidade da saúde de crianças que necessitam de cuidados específicos. Conclusão: A literatura apontou a relevância de uma atenção maior para as crianças com Anemia Falciforme, uma vez que demandam atendimento especializado, por apresentar menor expectativa de vida e menor qualidade de vida, sendo necessária uma maior assistência clínica para criança-família. Observou-se a necessidade de uma reflexão crítica sobre a ausência de abordagens a temática da Anemia Falciforme prevalente na população negra. Os estudos que não aprofundam seus conhecimentos a realidade populacional, necessitam ser repensados na forma que estão conduzindo as pesquisas e o cuidado assistencial em saúde deste grupo de risco. Necessita de maior preparo dos profissionais e mais estudos sobre o tema. Referências: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual da anemia falciforme para a população. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2007.