O meio ambiente é parte integrante do processo saúde-doença. Os seres humanos na perspectiva desse processo estabelecem uma excepcional relação com o meio ambiente bem como o espaço e território, isto é, a natureza. No Brasil não há qualquer política que regulamente o descarte de fármacos vencidos em nível-domiciliar. O descarte inapropriado de medicamentos no meio ambiente pode ocasionar a contaminação do solo e da água, portanto, geram riscos à saúde da comunidade. Objetiva-se identificar as formas usuais de descarte de fármacos vencidos pela comunidade acadêmica da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Trata-se de uma pesquisa exploratória com abordagem quantitativa, realizada em agosto de 2014 no Campus Universitário da UNEMAT de Tangará da Serra - MT. Os dados foram obtidos através da aplicação de questionários a 40 acadêmicos matriculados em algum curso de nível superior da instituição com idade igual ou superior a 18 anos de ambos os sexos. Foi perguntado aos sujeitos: “Qual a forma que você realiza o descarte dos medicamentos vencidos?”. Foram dadas as seguintes alternativas: lixo comum; tanque/pia; vaso sanitário; entrega nas instituições de serviços de saúde; e entrega na vigilância sanitária. Os participantes poderiam também citar outro método que não estivesse apresentado. Após a coleta os dados foram organizados, descritos e discutidos. 80% (n=32) dos participantes disseram realizar o descarte dos fármacos no lixo comum, 13% (n=5) o realizam no tanque/pia, 5% (n=2) 1no vaso sanitário e apenas 3% (n=1) informaram entrega-los na vigilância sanitária. Nenhum participante citou outro método. Quanto ao descarte dos fármacos foi possível desprender que não há uma grande preocupação da comunidade em relação a essas substâncias no meio ambiente. Os medicamentos acabam sendo eliminados no meio ambiente pela comunidade de modo impróprio. Apenas 3% dos colaboradores afirmaram entregar os fármacos na vigilância sanitária. Portanto, é necessária a criação de um sistema de gerenciamento doméstico de fármacos que tenha como objetivo a redução de riscos ao meio ambiente, a fim de garantir a sua preservação e consequentemente à saúde humana, assim como a sensibilização da comunidade para com as questões ambientais. REFERÊNCIA: JOÃO, W. Descarte de Medicamentos. Rev. Fharmacia Brasileira n° 83, p. 14-16, jul. 2011. Descritores: Impactos ambientais; Meio ambiente; Enfermagem.