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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
DISCUTINDO REFORMA PSIQUIÁTRICA COM USUÁRIOS DE UM CAPS
Relatoria:
MARIA LUIZA FERNANDES VILELA
Autores:
  • ana cristina oliveira
  • jucélia moraes de lima
  • camila guimarães nunes
  • alisséia Guimarães lemes
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, Gestão e Política
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Com a 8ª Conferência Nacional de Saúde em 1986, foi proposto que o atendimento psiquiátrico passasse a ser de forma integral, multiprofissional e realizado em ambientes extra hospitalares. Porém, somente a parir da 1ª Conferência Nacional de Saúde Mental e 2º Congresso Nacional dos Trabalhadores de Saúde Mental em 18 de maio de 1987, que o movimento de desinstitucionalização psiquiátrica ganhou evidência, com o lema “Por uma Sociedade sem Manicômios”. O presente relato teve como objetivo descrever sobre uma “Oficina de Educação em Saúde” voltada à discussão da reforma psiquiátrica com usuários de um CAPS TM, por meio de um relato de experiência vivenciado por acadêmicos de enfermagem no decorrer da disciplina “Prática em Enfermagem na Saúde Mental”, no CAPS TM em Barra do Garças-MT, com a participação de 11 participantes no período matutino do dia 06 de maio de 2016. Utilizou-se o método roda de conversa em busca da participação ativa dos usuários abordando a história da reforma psiquiátrica e a Luta Antimanicomial, bem como os locais de tratamento para doença mental existentes na região. Quanto aos resultados, participaram da ação 4 acadêmicos do curso de enfermagem, 1 docente da UFMT/CUA e 6 usuários do CAPS TM e 1 funcionários da unidade. A atividade durou em média de 60 minutos e foi dividida em duas etapas: 1ª etapa os usuários puderam compartilhar suas experiências com todo o processo da reforma psiquiátrica. Foi possível notar no tom de voz e expressão fácil desses usuários a dor da lembrança de internações em hospital psiquiátrico, a discussão continuou sobre as modalidades extra hospitalares existentes, dando ênfase ao CAPS, foi possível reconhecer o apreço que os usuários têm pelo serviço. Na 2ª etapa os acadêmicos entregaram um folder explicativo e explanaram sobre a temática aos usuários e funcionários, dando ênfase nas modalidades de tratamento existente na região e na importância de manter-se no tratamento. O encerramento se deu com uma discussão sobre o que fazer para ter uma boa saúde mental. Diante do exposto foi possível observar que os próprios usuários de serviços de tratamento psiquiátrico desconhecem esse contexto histórico, revelando a necessidade da propagação da história desse movimento a todos da comunidade e aos usuários do serviço de saúde mental, para que não esqueçam o avanço que a reforma psiquiátrica trouxe para a assistência em saúde mental.