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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
VIOLÊNCIA CONJUGAL: REPERCUSSÕES PARA MULHERES E FILHAS(OS)
Relatoria:
JORDANA BROCK CARNEIRO
Autores:
  • Nadirlene Pereira Gomes
  • Cintia Mesquita Correia
  • Fernanda Matheus Estrela
  • Ionara da Rocha Virgens
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A violência conjugal perpetrada contra a mulher é considerada um problema de saúde pública no Brasil e em diferentes partes do mundo podendo se expressar nas formas: patrimonial, moral, psicológica, sexual e física. Independente da forma de expressão esse tipo de violência compromete a saúde e a qualidade de vida não só das mulheres, mas da família como um todo. A pesquisa teve como objetivo conhecer os significados atribuídos por mulheres acerca das repercussões da vivência de violência conjugal. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa que utilizou a Grounded Theory como referencial teórico-metodológico. Os dados foram coletados em duas Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do nordeste brasileiro. Realizou-se entrevista com 37 participantes que compuseram dois grupos amostrais. Este estudo vincula-se ao projeto matriz “Reeducação de homens e mulheres envolvidos em processo criminal: estratégia de enfrentamento da violência conjugal”, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia com apoio da Secretaria de Segurança Pública do estado da Bahia e que tem por objetivo desenvolver tecnologia social para prevenir e enfrentar a violência conjugal e de gênero. Os resultados do estudo apontam o comprometimento para a saúde física e mental das mulheres e suas(eus) filhas(os), expressa por marcas visíveis, como hematomas e cortes, além de baixa autoestima, tristeza, medo e depressão. Revelam ainda implicações para a interação social das mulheres, por consequência do isolamento social e a não qualificação para o mercado de trabalho, e das crianças, relacionadas à diminuição no rendimento escolar, introspecção e vulnerabilidade para o uso de drogas. Conclui-se a importância de sensibilizar profissionais de saúde que atuam na Estratégia Saúde da Família para o reconhecimento dos casos durante as consultas, visitas domiciliares e/ou as ações de educação em saúde, transcendendo assim a barreira da invisibilidade da violência conjugal.