LogoCofen
Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
NOVAS ESTRATÉGIAS PARA O RASTREAMENTO DO CÂNCER CERVICAL EM MULHERES RIBEIRINHAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Relatoria:
JOSIANE MONTANHO MARIÑO
Autores:
  • RENATO DOS SANTOS REIS
  • KATIA LUZ TORRES SILVA
  • DANIELLE ALBUQUERQUE PIRES ROCHA
  • JOSÉ EDUARDO LEVI
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: Os programas de rastreio de lesões precursoras reduziu a mortalidade por câncer cervical (CC) em países desenvolvidos. No entanto, a infraestrutura inadequada e dificuldades de financiamento para essa estratégia de controle do CC é limitada em países em desenvolvimento. No Brasil, estima-se 16.340 novos casos de CC para o ano de 2016. Na Amazônia brasileira, o rastreio do câncer cervical é um serviço de saúde crítico e muitas vezes indisponível para as mulheres que moram em áreas remotas e de difícil acesso, como as ribeirinhas. O presente estudo objetiva analisar a estratégia de rastreio do câncer do colo do útero por autocoleta e teste rápido para HPV, em mulheres ribeirinhas do município de Coari/AM. Métodos: Estudo transversal realizado com 412 mulheres ribeirinhas do município de Coari no período de agosto de 2014 a fevereiro de 2015, cuja amostra foi obtida por autocoleta utilizando a escova Rovers® Evalyn®. As amostras foram processadas utilizando teste rápido Onco E6™ (Arbor Vita Corporation-AVC, seguido do teste para DNA do HPV através de PCR e genotipagem pelo PapilloCheck® (Greiner Bio-One, Germany). Em caso positivo para um dos testes foram submetidas a avaliação colposcópica, e exame histopatológico quando necessário. O consentimento informado foi solicitado e um questionário de caráter confidencial foi aplicado. Os dados foram analisados descritivamente e apresentados em tabelas e gráficos, para a associação das variáveis com a infecção por HPV, utilizou-se o teste do Qui-quadrado de Pearson (ᵡ2) , através do programa Epi Info versão 7.0. Resultados: Verificou-se que 97,8% (n= 403) gostaram da autocoleta. Cerca de 79,7% (n=326) preferiram a autocoleta ao profissional de saúde. A média de idade foi de 34 anos. A maioria era agricultora, de baixa renda, e baixo nível de escolaridade. Cerca de 110 mulheres nunca realizou o exame preventivo. Em relação ao Teste Cervical Onco E6 ™ 06 (1,4%) foram positivas para o HPV (03 HPV 16 e 03 HPV18). A prevalência da infecção pelo HPV foi de 18,7%, e os genótipos mais encontrados foram o HPV 51(1,94%) seguido do 16 (1,7%). Foram detectados 9 alterações histopatológicas (5 NIC I, 2 NICIII, 2 Carcinoma invasor). Conclusão: A possibilidade do uso da autocoleta em conjunto com o teste rápido Onco E6™, mostrou-se como algoritmo aplicável e possível de ser utilizado em áreas remotas e de difícil acesso, sendo uma boa alternativa para o aumento da cobertura no estado do Amazonas.