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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
HISTÓRIA ORAL DE VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR: VIVÊNCIAS E PERCEPÇÕES DE ADOLESCENTES
Relatoria:
NADIRLENE PEREIRA GOMES
Autores:
  • JÚLIA RENATA FERNANDES MAGALHÃES
  • RAIANE MOREIRA DOS SANTOS
  • SOLANGE MARIA DOS ANJOS GESTEIRA
  • WELTON SOUZA CAMPOS DE ARAÚJO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, Gestão e Política
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A violência intrafamiliar é um fenômeno multifacetado e presente no cotidiano de milhares de crianças e adolescentes em todo o mundo, independentemente de sua cor, sexo ou condição social. Os principais agressores/as são justamente pessoas que deveriam zelar por sua proteção e garantia de uma vida livre de violência. De acordo com o Mapa da Violência, cerca de 63% dos casos de violência contra crianças e adolescentes atendidos no âmbito do SUS acontecem preponderante na residência das vítimas. Objetivos: Desvelar a violência intrafamiliar vivenciada por adolescentes e identificar se estas(es) se reconhecem em tal situação. Metodologia: Pesquisa qualitativa fundamentada na História Oral. Esse estudo encontra-se vinculada a um projeto maior cujo objetivo é desenvolver tecnologia social para prevenção e enfrentamento da violência contra crianças e adolescentes. Foram entrevistadas/os oito adolescentes estudantes de uma escola pública de Salvador, Bahia, Brasil. Os dados foram sistematizados conforme a Análise Temática e analisados com base em literatura científica sobre violência doméstica e adolescência. Resultados: A história oral das/os adolescentes desvela uma infância e adolescência marcada pela presença da violência conjugal entre os pais e vivência de agressões físicas, humilhações, abandonos e negligências. Embora tal contexto e suas repercussões para a saúde, as/os adolescentes não se reconhecem enquanto vítimas. Conclusão: São necessárias estratégias que possibilitem o reconhecimento da violência e enfrentamento do agravo, tanto por parte das/os adolescentes, quanto por seus familiares, profissionais da saúde e da educação. Por se tratar de um fenômeno também social, é essencial investir em desenvolvimento de tecnologia social. A violência contra crianças e adolescentes precisa ser discutida e aprofundada nas escolas, nas universidades e nos espaços de educação continuada. Urge ainda uma gestão que priorize a prevenção e enfrentamento da violência enquanto política de governo para que, de fato, haja transformação social.