INTRODUÇÃO: Apesar dos esforços para combate e controle da hanseníase a doença persiste no século XXI com elevado numero de casos, mesmo após a introdução da poliquimioterapia. Trata-se de uma doença infectocontagiosa, dermatoneurológica, de alto poder incapacitante. O Ministério da Saúde preconiza a avaliação neural e do grau de incapacidade física no momento do diagnóstico, na ocorrência de estados reacionais e no momento da alta por cura. A Estratégia Global de Hanseníase 2016-2020 visa detectar precocemente a doença, com enfoque em crianças a fim de prevenir incapacidades e reduzir a transmissão da infecção. A meta é zero deficiência grau 2 entre as crianças recém-diagnosticadas até 2020. OBJETIVO: Identificar o grau de incapacidade fisica em menores de 15 anos com Hanseníase em Cuiabá-MT. METODOLOGIA: Estudo transversal, descritivo, com 39 casos de Hanseníase em menores de quinze anos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) em 2014 e 2015, residentes no município de Cuiabá, Mato Grosso. Os dados foram coletados por meio das fichas de notificação em maio de 2016. Para análise das informações utilizou-se o Software Epi Info 3.5.2. RESULTADOS: Verificou-se que em 28% dos casos não foram avaliados o grau de incapacidade no momento da investigação/notificação, e dentre os demais, cerca de 11% apresentavam grau 1 de comprometimento, 100% formas multibacilares e 50% em ambos sexos. CONCLUSÃO: Devido o alto percentual não avaliado, a prevalência pode estar subestimada. Salienta-se a importância da avaliação neural precocemente, com a finalidade de prevenir as incapacidades físicas desinentes do agravo.