A prevenção do suicídio é pouco debatida e estudada no Brasil, isso ocorre principalmente devido o tabu em torno do tema. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) o suicídio está entre as dez principais causas de óbito. Teve como objetivo descrever sobre ações de prevenção ao suicídio realizadas em Barra do Garças-MT. Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagem quantitativa, realizada no município de Barra do Garças-MT no mês de setembro de 2015 em escolas, empresa e na comunidade. As atividades foram realizadas por acadêmicos de enfermagem da UFMT, membros do projeto de extensão e pesquisa “Saúde mental: os desafios da assistência”. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário semiestruturado, aplicado antes da ação preventiva, posteriormente os dados coletados, foram realizadas atividades de orientação dialogada, discutindo sobre a definição de suicídio, fatores de risco, comportamentos suicidas, grupos vulneráveis, prevenção ao suicídio e locais para buscarem ajuda em caso de necessidade. As análises foram realizadas utilizando o programa EpiInfo versão 3.5.1. A pesquisa conta com a aprovação ética n° 515/705 UFMT/CUA. Foram realizadas 7 atividades preventivas ao suicídio, somando um total de 290 pessoas. Destes, 64% foram do gênero masculino e 36% do gênero feminino, com faixa etária entre 14 a 61 anos. Do total de participantes as ações atenderam 38% de estudantes, 56% de trabalhadores de um frigorifico da região e 6% internos de CT. Os dados coletados revelaram que 8% dos sujeitos nunca ouviram falar sobre suicídio, 19% já pensaram em suicidar-se, 59% não sabem onde procurar ajuda caso necessitem, 54% acreditam que a pessoa suicida está doente mentalmente e 7% acreditam que a pessoa que tenta ou comete o suicídio estão apenas querendo chamar atenção. Foi oferecido a todos participantes da pesquisa um momento de discussão sobre a temática, envolvendo relatos pessoais, informações importantes de (des)construção do preconceito que envolve o suicídio. Para a OMS uma abordagem correta pelos meios de comunicação, programas adequados de educação para o público em geral formam um forte mecanismo de prevenção. Sendo assim, conclui-se que os participantes revelaram pouco contato com a temática, pensamentos de se matarem, revelando a necessidade da continuidade desse tipo de ação, contribuindo para desmistificação da temática, revelando a importância de desenvolver atividades preventivas com grupos vulneráveis.