INTRODUÇÃO: A Hanseníase em menores de quinze anos é hiperendêmica no Estado de Mato Grosso e a alta ocorrência nessa faixa etária sugere focos ativos da infecção na comunidade. A detecção precoce por meio da busca ativa de casos entre os contatos de pacientes com hanseníase, embora seja uma das estratégias de grande importância para o controle da doença, é uma ação que tem encontrado limitações para realização por parte dos serviços de saúde. OBJETIVO: Relatar a experiência da busca ativa de casos entre os contatos de hanseníase menores de 15 anos e suas limitações em Cuiabá, MT. METODOLOGIA: Relato de experiência vivenciado pelas docentes de pós-graduação de enfermagem, nível Mestrado, de uma Instituição Federal, no período de fevereiro a julho de 2016, durante buscas ativas de casos em 41 contatos intradomiciliares e 187 de vizinhança menores de 15 anos mediante visita domiciliar e/ou recrutamento para as Unidades de saúde do município de Cuiabá-MT. RESULTADOS: Foi possível a realização da busca ativa de casos em 96,5% dos contatos menores de 15 anos e observou-se a importância e a persistência do enfermeiro para concretização da ação, visto que muitas limitações dificultaram a realização da estratégia, como ausência da criança, dos pais ou responsáveis pelos menores durante a visita domiciliar, indisponibilidade dos responsáveis para acompanhar os contatos até uma unidade de saúde, longas distâncias entre o domicílio e a unidade de saúde. CONCLUSÃO: A busca ativa de casos entre os contatos menores de 15 anos é de suma importância para um maior controle da hanseníase, especialmente por se tratar de uma área hiperendêmica e carece de esforço por parte dos profissionais de saúde para o alcance de boa proporção de contatos examinados.