Introdução: A consulta ginecológica tornou-se importante na prevenção do câncer do colo do útero e de mama, sendo esses, os cânceres que mais comuns nas mulheres. Além disso, contribui na detecção e controle de doenças sexualmente transmissíveis. O Exame de Papanicolau, realizado durante a consulta, é considerado por muitas mulheres como um procedimento invasivo que gera medo, vergonha, ansiedade e desconforto. Tais sentimentos afastam a mulher do exame preventivo. Com isso, é necessário que o profissional de saúde esteja apto a lidar com essa realidade, principalmente em se tratando do primeiro exame, visto que será a partir deste que a mulher registrará suas impressões para futuros exames. Objetivo: Descrever as experiências vivenciadas durante a primeira consulta ginecológica da mulher, a luz do atendimento humanizado. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos de enfermagem referente às atividades desenvolvidas em um município do agreste alagoano durante as ações do Projeto de Extensão da Universidade Federal de Alagoas: Ações integradas em saúde do adulto: com foco em vigilância em saúde e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). As atividades foram realizadas com mulheres que compareceram as Unidades Básicas de Saúde para a sua primeira consulta ginecológica de enfermagem. Resultados: Durante as atividades foi notória a necessidade do acolhimento voltado para essas mulheres visando diminuir a ansiedade e o nervosismo decorrente do receio em realizar a consulta e exame de Papanicolau. Durante a consulta ocorreu o levantamento de queixas, histórico sexual e reprodutivo da mulher. Diversas orientações foram dadas acerca do sistema reprodutor feminino e masculino, DSTs e métodos contraceptivos. Após as orientações, houve esclarecimentos sobre a finalidade e técnica do exame Papanicolau. A escuta qualificada esteve presente no decorrer da consulta visando o atendimento humanizado. Conclusão: Assim, a assistência humanizada durante a consulta ginecológica de enfermagem mostrou-se essencial para o fortalecimento do vínculo entre enfermeiro-paciente, contribuindo para que essas mulheres sintam-se acolhidas e possam expressar seus anseios e preocupações. Além disso, fortalece a adesão dessas usuárias, reduzindo a incidência e mortalidade por CCU. Tal prática tem demonstrado à contribuição do eixo academia, serviço e comunidade para a melhoria da assistência, bem como da qualidade de vida da população feminina.