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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
HOMENS E CUIDADO À SAÚDE NAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Relatoria:
BRUNA PAULA DE JESUS SIQUEIRA
Autores:
  • Jules Ramom Brito Teixeira
  • Paulo da Fônseca Valença Neto
  • Fernanda Erica de Jesus Siqueira
  • Fernanda Lays Souza Gois Santos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O trabalho desenvolvido na ESF, mesmo que voltado ao indivíduo e às coletividades, prioriza a atenção para grupos específicos e os homens mantêm-se, neste modelo de atenção, de certa maneira afastados de algumas abordagens da estratégia, quais sejam a prevenção e promoção da saúde. Diante disso, nestes momentos que procedem à implantação da política de saúde do homem, para a avaliação da efetividade de suas ações, torna-se importante conhecer a representação que os profissionais de saúde têm acerca do ser homem e do cuidado com a sua saúde. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi analisar as representações sociais dos profissionais de saúde sobre homens e cuidado à saúde, a partir do conteúdo e da estrutura dessas representações Este estudo objetivou analisar as representações sociais dos profissionais de saúde sobre homens e cuidado à saúde, a partir do conteúdo e da estrutura dessas representações. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, que teve como referencial teórico-metodológico a Abordagem Estrutural da Teoria das Representações Sociais. Realizado com 104 profissionais de saúde da atenção básica do município de Aracaju-SE, utilizou-se a Técnica de Evocação Livre de Palavras para coleta dos dados, estes foram processados pelo software EVOC 2003. Foram evocadas 487 palavras em resposta ao termo indutor “homens e cuidado à saúde”, os principais termos evocados foram desinteresse, medo, descuidado, falta de prevenção e câncer de próstata. Dessa amostra, 79 (76%) do sexo feminino, a idade média foi de 39,56 ± 10,90, 47 (45,2%) são agentes comunitários de saúde, 17 (16,3%) enfermeiros, 16 (15,4%) médicos, 12 (11,5%). Os resultados evidenciaram que os trabalhadores têm uma representação negativa acerca dos homens e o cuidado à sua saúde e revelam, provavelmente, o quanto o imaginário social de gênero e os estereótipos estão impregnados no olhar e no cotidiano dos profissionais. Dessa maneira, é necessário sensibilizar gestores, profissionais de saúde, usuários e a população em geral no sentido de flexibilizar as concepções culturais que podem interferir negativamente nas condições de saúde masculina.