A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destina-se ao atendimento de pacientes graves, que requerem atenção profissional especializada de forma contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, monitorização e tratamento. Nesse contexto, a Resolução nº 07/10, determina que os clientes internados em UTI, deverão ser avaliados por meio de um Sistema de Classificação das Necessidades de Cuidados de Enfermagem recomendado por literatura científica especializada. O Therapeutic Intervention Scoring System-28 (TISS-28) é um instrumento que permite dimensionar a carga de trabalho de enfermagem em UTI. Trata-se de uma revisão de literatura com o objetivo de descrever as categorias de classificação de pacientes, segundo o instrumento TISS-28. Para composição dos resultados foram utilizados três artigos nacionais, publicados na íntegra nos anos de 2006 a 2007 e disponíveis na Scielo. O TISS-28 é aplicado retrospectivamente utilizando-se as informações do paciente referente às últimas 24 horas de internação e é composto por sete categorias de intervenções terapêuticas: atividades básicas, suporte ventilatório, suporte cardiovascular, suporte renal, suporte neurológico, suporte metabólico e intervenções específicas. Sendo cada uma delas constituída de itens próprios e com pontuações distintas que variam de um a oito, de forma que um ponto equivale ao consumo de 10,6 minutos do tempo de um profissional de enfermagem no cuidado direto. O escore final, resultante da somatória das variáveis, permite classificar os pacientes em quatro grupos: assistência mínima ou autocuidado, assistência intermediária, assistência semi-intensiva e assistência intensiva. Nesta perspectiva, o emprego de indicadores que avaliem objetivamente a demanda de cuidados exigidos, assim como o dimensionamento da carga de trabalho de enfermagem, tornou-se recurso indispensável para subsidiar o planejamento da assistência e gerenciamento da UTI.