Introdução: A bioética é a compreensão moral das ações humanas no âmbito da vida e da saúde, por sua vez, os cuidados paliativos são entendidos como os desvelos ativos e totais aos pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento curativo. A humanização nos cuidados proporcionados por profissionais de saúde pode auxiliar a vida de pacientes que se encontram num momento tão frágil, tanto emocional como fisiologicamente, mas para isto, a bioética deve estar presente no seu processo de trabalho. Objetivo: Sintetizar a produção científica acerca da Bioética e Cuidados Paliativos disponibilizadas em periódicos online de 2010 a agosto de 2014. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que teve como fonte de dados publicações disseminadas nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE) e do Índice Bibliográfico Espanhol em Ciências da Saúde (IBECS). A amostra foi constituída por 24 publicações, sendo os textos disponibilizados na integra e nos idioma Português. Resultados: O ano de 2010 foi o de maior quantitativo de trabalhos publicados sobre a temática. Quanto ao periódico com maior número de publicações destaca-se a Revista Brasileira de Cancerologia. Os enfoques abordados no estudo resultaram em duas categorias: Cuidados Paliativos e Bioética; e Bioética, Terminalidade e Tecnologia. De acordo com a primeira categoria, é possível realizar ações de cuidados paliativos a partir da integração de vários profissionais por meio de condutas que atendem aos princípios da Bioética em situações onde a cura não será possível. Outros autores, referindo à segunda categoria, defendem a ideia de que não há benefícios proporcionados aos pacientes em estado terminal pelos avanços tecnológicos, uma vez que estes apenas diminuem o respeito à dignidade humana e ao processo natural de morrer. Conclusão: Ressalta-se a importância da humanização e participação da equipe multidisciplinar nos cuidados paliativos para proporcionar conforto ao paciente sem possibilidade de cura, portanto faz-se necessário haver maior disseminação de informações concernentes a esta ótica do cuidar. As tecnologias em cuidados paliativos são criadas a fim de auxiliar os pacientes nesse processo, porém ignoram o fator mais importante para que sua intervenção seja efetiva, a aceitação do seu usuário.