A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que constitui um agravo de elevada magnitude no Brasil, devido ao seu alto poder incapacitante. Apesar de o diagnóstico ser essencialmente clínico, ele exige do enfermeiro um olhar holístico para a identificação de sinais e sintomas precocemente, uma vez que o diagnóstico tardio pode trazer graves consequências ao indivíduo acometido. O presente estudo vem com o intuito de discutir os desafios enfrentados na atuação do enfermeiro frente ao diagnóstico e controle da hanseníase na atenção básica. Trata-se de um estudo de revisão de literatura, onde busco-se artigos de 2005 a 2015 com base nas publicações do Ministério da Saúde e dados da Biblioteca Virtual da Saúde. Através da análise foi possível identificar que cabe ao enfermeiro como parte da consulta de enfermagem a identificação dos sinais e sintomas, a detecção de alterações dermatoneurológicas, a indicação de cuidados e orientações ao paciente e a família. Ressalta-se a necessidade de atualizações permanentes, para que o enfermeiro possa adquirir os conhecimentos técnicos e habilidades práticas para a realização do diagnóstico, bem como o manejo dos casos. Além disso, medidas relativas à busca ativa e vigilância epidemiológica se fazem necessárias. Com isso a atuação do enfermeiro é de fundamental importância no controle da hanseníase, pois através de seu conhecimento é possível efetivar as ações de prevenção e controle.