O olho humano pode ser lesionado pelo bacilo de Hansen, pelo estado reacional ou neurogênico. As queixas oculares são: ardência, sensação de areia, visão embaçada, pálpebras pesadas, dificuldade de fechar os olhos, cílios raspados ou invertidos, lacrimejamento, rubor, dor, secreção, prurido e dificuldade para enxergar. Objetivou-se investigar, nas produções científicas, como se processa o exame neurológico do olho no paciente com hanseníase. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, onde foi realizada uma revisão sistemática e integrativa de literatura, na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Na inserção do descritor hanseníase ocular obteve-se 532 resultados, utilizando como critério de seleção idioma português, resultou em 25 trabalhos. Estes foram submetidos a uma leitura sistemática onde se verificou a adequação ao objetivo proposto. Também foram utilizados manuais e informes técnicos lançados pelo Ministério da Saúde. A pesquisa realizou-se entre os meses de abril a julho 2015. Percebe-se que o exame ocular simplificado é realizado na pessoa com hanseníase no momento do diagnóstico, no meio do tratamento, na ocasião da alta, quando apresentar sinal ou sintoma ocular e/ou regularmente no intervalo de um ano. Realça-se na avaliação neurológica simplificada: queixa principal, fechamento dos olhos sem e com força, triquíase, ectrópio, entrópio, diminuição da sensibilidade, opacidade da córnea, catarata e a acuidade visual. Preconiza-se a realização do exame ocular neurológico simplificado a fim de detectar perdas e danos e encaminhar a pessoa com hanseníase para o tratamento adequado de acordo com a necessidade de cada um. Ressalta-se também que durante o exame ocular, o profissional deve dar orientações sobre o autocuidado e a prevenção/redução de incapacidades.