LogoCofen
Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA DE IDOSOS COM SEPSE EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Relatoria:
DANIELLE SAMARA TAVARES DE OLIVEIRA FIGUEIREDO
Autores:
  • José Melquiades Ramalho Neto
  • Williane Silva Canuto
Modalidade:
Pôster
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A sepse é uma doença grave, de elevada morbimortalidade, especialmente quando acomete o idoso, pois, em decorrência do processo de envelhecimento, ele pode apresentar pior prognóstico em relação à população geral. Objetivo: realizar uma caracterização sociodemográfica e clínica de idosos com sepse em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Metodologia: Trata-se de um estudo documental, com abordagem quantitativa, desenvolvido em uma UTI adulto de um hospital-escola, entre fevereiro e junho de 2012. A amostra foi composta por 25 idosos com diagnóstico médico de sepse, sepse grave e ou choque séptico. A coleta de dados foi subsidiada por um instrumento estruturado, utilizando-se dados do prontuário. Os dados foram analisados mediante tratamento estatístico do tipo descritivo e discutidos à luz da literatura pertinente. Ressalta-se que, no processo de pesquisa, foram respeitados os princípios éticos previstos na Resolução 196/96. Resultados: a sepse foi mais incidente nos idosos do sexo masculino (n= 14; 56%), com idade mais avançada (>80 anos) e entre analfabetos. O choque séptico, foi o espectro clínico mais incidente (n= 11; 44%), seguidos de sepse (n=8; 32%) e sepse grave (n=6; 34%) e o desfecho clínico, foi o óbito em 19 (76%) casos. Todos os idosos com quadro choque séptico foram a óbito. Já a mortalidade por sepse grave foi de 4 (66,7%), e a mortalidade por sepse foi de 4 (50%). O foco pulmonar foi o mais incidente, seguido do abdominal e trato urinário. O período de internação variou de uma a duas semanas, sendo que o menor tempo de hospitalização se relacionou com o maior risco de óbito. As comorbidades mais prevalentes foram as doenças cardiovasculares, seguidas de doença pulmonar e insuficiência respiratória aguda. Conclusão: A partir deste estudo, foi possível verificar que o quadro séptico incide de forma insidiosa na população idosa e que se manifesta em grande proporção, não apenas em idosos mais longevos, mas também naqueles considerados jovens, com maior incidência entre o sexo masculino e naqueles de baixa escolaridade, baixo nível socioeconômico e presença de comorbidades. A evolução do quadro séptico nos idosos pode ser considerada como tempo-dependente, com taxas de mortalidade crescentes, quando o quadro clínico evolui para choque séptico. É importante enfatizar que, o quanto antes se identifica essa condição, maiores são as chances de sobrevida.