A hanseníase é uma doença neurológica, infectocontagiosa, crônica, negligenciada, causada pelo M. leprae com manifestações oculares importantes: cegueira, triquíase, lagoftalmo, ectrópio, entrópio, baixa produção lacrimal, dentre outros. Objetivou-se investigar, nas produções científicas, as formas de prevenções de alterações oculares em pessoas com hanseníase. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, do tipo revisão sistemática de literatura, obtida através da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e SCIELO. Na inserção do descritor hanseníase ocular obteve-se 53 resultados nas duas bases de dados, selecionou-se 7 artigos que tiveram como critério de seleção texto completo disponível e idioma português além de 2 manuais do ministério da saúde com recorte temporal entre os anos de 2002 a 2010. Estes foram submetidos a uma leitura sistemática onde se verificou a adequação ao objetivo proposto. Identificou-se seis formas de prevenções oculares: autoexame, higiene ocular (curativo com lente e sem lente), exercícios oculares, retirada de cílios, equipamentos protetores oculares diurno e noturno (óculos de sol e/ou chapéu de abas largas e óculos de pano forrado de espuma) e atividades de educação em saúde para uso correto de medicações (aplicação de colírio e pomada). A perda da visão ou a diminuição da acuidade visual traz perdas e danos às atividades intelectuais, sociais, escolares e profissionais, o que restringe a qualidade de vida. A prevenção da cegueira e a reabilitação das alterações oculares fazem parte das ações integradas da equipe interdisciplinar.