A Síndrome da Imunodeficiência adquirida - aids apresenta um perfil multifacetado marcado por peculiaridades locorregionais. No Piauí, ocorre o inverso do que acontece no Brasil e do mundo, nesse Estado as infecções pelo vírus da imunodeficiência humana - HIV independem do índice de desenvolvimento humano municipal – IDHm, das condições sociais e oferta de serviços de saúde do município, verificam-se casos da doença. Objetivo: Analisar a tendência da exposição ao HIV no Piauí relacionado ao IDH e a oferta de serviços de saúde pública nos municípios. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, censitário, com abordagem quantitativa, realizado a partir da análise dos dados do sistema de informação de agravos de notificação - SINAN. Utilizou-se o software Excel for Windows 2007 para tabulação e análise dos dados e gerou-se mapas coropléticos do Estado do Piauí, com uso do IBGE webcart, a partir das informações do censo 2010 disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Resultado: Percebe-se que a região Norte e Centro-oeste do Piauí, onde existe um número considerável de estabelecimento de saúde público e alto IDHm, há um elevado número de pessoas que convivem com o vírus da aids. Do mesmo, modo nas regiões Sudeste e Sudoeste, que possuem baixo IDHm e poucos estabelecimento de saúde, também há uma elevada taxa de infecção pelo vírus. A região Sudoeste corresponde a uma das novas fronteiras agrícolas do país e isso, tem propiciado o desenvolvimento econômico dos municípios, sem no entanto, as condições de saúde, saneamento e educação acompanharem. Conclusão: A prevenção da infecção pelo HIV e a dificuldade de adesão ao tratamento estão diretamente ligado a baixa disponibilidade de estabelecimento de saúde público. No entanto, nem sempre dispor de um serviço de saúde indica efetividade na promoção e prevenção da saúde, visto os entraves geográficos, sociais e culturais.