A biossegurança caracteriza-se como a condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar os fatores de riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente que está inserida fortemente nos ambientes de trabalho. É uma prática que tem grande ênfase no serviço de saúde, devido o intenso contato, principalmente, da equipe de enfermagem com usuários enfermos, produtos considerados tóxicos, equipamentos e materiais contaminados com agentes biológicos, e mesmo assim os profissionais de enfermagem ainda resistem quanto ao seu uso afirmando ser um fator que dificulta o seu trabalho. O estudo objetivou compreender os determinantes que favorecem a resistência dos técnicos de enfermagem quanto ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI's). A pesquisa caracterizou-se como um estudo exploratório com uma abordagem qualitativa, realizado no Hospital Municipal Henderson Josino de Moura, no município de Patu, Estado do Rio Grande do Norte, tendo como sujeitos vinte profissionais que compõe a equipe de enfermagem. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado à técnica de entrevista semi-estruturada com questões abertas e fechadas. A coleta dos dados ocorreu após a pesquisa ter sido apreciada e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da FACENE/FAMENE, protocolo nº56/2010, CAEE: 0017.0.351.00-10. A análise de dados foi baseada na técnica de análise de conteúdo. Apesar dos profissionais conhecerem a importância do uso dos EPI's durante a assistência de enfermagem prestada aos usuários, ainda prevalece a resistência quanto ao seu uso, sendo este um fator dominante no serviço, caracterizando como descuido, comodismo, imperícia e falta de conscientização profissional, expondo o trabalhador à riscos que podem comprometer a sua saúde e o seu trabalho na instituição hospitalar. O reconhecimento acerca dos riscos no trabalho leva a uma maior conscientização dos profissionais de enfermagem quanto ao uso dos EPI's, sendo este, um fator primordial para uma assistência de qualidade, promovendo o bem-estar do trabalhador de enfermagem, refletindo diretamente na qualidade nos serviços ofertados aos usuários.