INTRODUÇÃO: O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia resultante de uma falha da secreção de insulina pelo pâncreas e/ou pela incapacidade da insulina de exercer sua ação no organismo humano. No Brasil, as Unidades Básicas de Saúde da Família compõem a APS, funcionando como porta de entrada preferencial do usuário no SUS. O DM frequentemente é diagnosticada em usuários que não apresentam nenhum dos sintomas característicos de DM, mas sim pela identificação de fatores de risco, ou seja, rastreamento para DM. Após o diagnóstico de DM, o usuário deve ser acompanhado por sua UBSF, passando por consultas médicas e de enfermagem periodicamente onde serão adotados medidas terapêuticas para o tratamento da patologia. OBJETIVO: Identificar quais são os principais motivos da consulta para acompanhamento do DM na APS. METODOLOGIA: parte de um projeto integrado a linha de ação “Vigilância, prevenção e controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis” do PET-Saúde da UFCG. Trata-se de um estudo descritivo, restrospectivo, documental e de abordagem quantitativa. O estudo foi realizado na UBSF Dr. José Aurino de Barros Filho, localizada no bairro Catolé no município de Campina Grande – PB. A amostra da pesquisa foi composta por 83 prontuários de usuários com diagnóstico prévio de DM cadastrados no HIPERDIA. A coleta de dados foi realizada no período março a maio de 2015. Conforme a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, o projeto recebeu parecer favorável do CEP do Hospital Universitário Alcides Carneiro, CAAE: 1573913.8.0000.5182. A análise dos dados coletados foi realizada por meio do software IBM/SPSS 21.0. RESULTADOS: Do total de 83 prontuários analisados apenas 26,5% (n = 22) possuíam registros sobre a consulta para o acompanhamento do DM. Os registros em prontuários sobre os motivos das consultas para acompanhamento do DM na APS relacionaram-se a acompanhamento de rotina com 81,8% (n = 18), mau controle glicêmico 9,1% (n = 2), dor em MMII 4,5% (n = 1) e diminuição da acuidade visual 4,5% (n = 1). CONCLUSÃO: A assistência prestada pelos profissionais de saúde da UBSF quando avaliada pelos registros em prontuários ainda deixa a desejar. Os registros em prontuários são considerados indicadores da qualidade da assistência prestada. A importância dos registros em prontuários para a continuidade da assistência é evidente, partindo do ponto que eles garantem a continuidade do cuidado e a avaliação do mesmo.