A assistência pré-natal compreende um conjunto de atividades capazes de orientar a promoção da saúde das mulheres grávidas e de seu concepto, estabelecendo ações adequadas à prevenção, diagnóstico e manuseio clínico de problemas obstétricos, ou de enfermidades previamente existentes, oportunizando o tratamento o mais precoce possível e assegurando o nascimento de crianças saudáveis. A pesquisa objetivou analisar a correlação da assistência pré-natal com a mortalidade fetal e neonatal. Tratou-se de um estudo avaliativo, descritivo-exploratório, de cunho documental, com abordagem quantitativa. Na qual, a pesquisa foi realizada na cidade de Caxias/MA, na Coordenação da Atenção Primária e Vigilância em Saúde, e como fonte de dados utilizaram-se as Declarações de Óbitos (DO) e Fichas de Investigação de Óbitos, fetais e neonatais (FIO), ocorridos e notificados nos anos de 2010 a 2013, de mães residentes em Caxias/MA. Dentre as gestantes que realizaram apenas 01 (uma) consulta com o enfermeiro houve um percentil de 13 (10,9%) mortes de fetos/neonatos, já dentre as que realizaram 06 (seis) consultas houve um percentil de 2 (1,7%). Com relação às consultas médicas, os dados foram semelhantes, sendo 46 (38,7%) mortes para as gestantes que não realizaram nenhuma consulta com o médico e de dentre as que realizaram 04 consultas, houve um percentil de mortalidade fetal e neonatal de 7 (5,9%). Quanto à etiologia, verificou-se que os óbitos por causa desconhecida ocupam o primeiro lugar entre as etiologias de óbitos fetais e neonatais, com 45 (37,82%), enquanto relacionados à prematuridade ocorreu em 32 (26,89%) dos óbitos. 28 (23,53%) fetos/neonatos, morreram por hipóxia, 7 (5,94%) por descolamento prematuro de placenta. Outras causam somam 6 (5,82%). Portanto, observou-se a correlação direta entre a assistência pré-natal com e a de mortalidade fetal e neonatal. Sugere-se que haja o fortalecimento da adesão ao pré-natal, incentivando as gestantes a realizarem as consultas pré-natais, melhorar a estrutura do Programa, garantindo o transporte da equipe de Saúde da Família para a realização de visitas domiciliares, inclusive utilizando o trabalho interdisciplinar e multiprofissional, facilitando a identificação precoce de todas as gestantes, sobretudo aquelas que apresentem alguma intercorrência, e, consequentemente, minimizem e/ou eliminem os fatores de risco para a mortalidade fetal e neonatal.