O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação, que provoca comportamentos obsessivos e ritualísticos, além de dificuldade na aceitação a mudanças. O estudo teve como objetivo avaliar o cuidado de crianças que estão no espectro autista sob a perspectiva de seus cuidadores informais. Trata-se de uma pesquisa avaliativa, descritiva e exploratória com abordagem quantitativa e qualitativa. O cenário de investigação foi a cidade de Caxias-MA, utilizou-se como campo de pesquisa a Associação de Amigos do Autista; a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e o Centro de Atenção Psicossocial infantil, os três localizados no referido município. Os sujeitos da pesquisa foram 31 cuidadores informais de crianças com Transtorno do Espectro Autista assistidas nas instituições pesquisadas. Os dados quantitativos referiram-se a informações sociodemográficas dos participantes da pesquisa, sendo tabulados por meio das técnicas descritivas simples e apresentados sobre a forma de tabelas e as discussões foram realizadas com base na literatura produzida sobre o tema. Quanto aos dados qualitativos, foi realizada Análise de Conteúdo, sendo organizados em três Categorias: Entendimento dos cuidadores sobre o Autismo; Comportamento da criança que mais incomoda/agrada; e, Dificuldades enfrentadas no cuidado da criança autista. Constatou-se que 80,64% dos cuidadores entrevistados são as mães das crianças que estão no espectro autista e 64,52% não desenvolvem atividade ocupacional. Percebeu-se que os as maiores dificuldades enfrentadas no cuidado diário estão relacionadas a problemas em estabelecer comunicação verbal e não verbal, quanto à dependência em relação ao cuidador e a restrição nos hábitos alimentares. Sugerem-se investir na capacitação dos profissionais de saúde, sobretudo atuantes na Atenção Primária, a respeito dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, com vistas a qualificar a atenção e facilitar a disseminação do conhecimento. Ademais, é crucial o envolvimento da família e de outros cuidadores informais no cuidado de crianças que estejam no Transtorno do Espectro Autista, empoderando-os no cuidar cotidiano e fortalecendo os laços entre estes e os serviços de saúde.