Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Relatoria:
LINDALVA ALMEIDA VIEIRA
Autores:
- NEMORA LIGIA DE SOUSA SANTANA
- STELLA VASCONCELOS BEZERRA
- MIDIÃ GOMES DA SILVA RÊGO
- ANDRESSA SÉFORA QUEIROGA DE SOUSA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A sífilis é um grande problema de saúde materno-infantil. Estabelece um importante evento sentinela para o monitoramento da Atenção Primária em Saúde. Considera-se um registro de destaque da qualidade da assistência à saúde por ser uma doença de fácil diagnóstico e prevenção, quando o tratamento da gestante e de sua parceria sexual é realizado adequadamente. Este estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico da sífilis em gestantes dos casos confirmados e notificados no estado de Pernambuco. Estudo quantitativo de corte transversal, cuja população de estudo foi todos os casos de sífilis em gestantes confirmados e notificados no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN) em Pernambuco no ano de 2012. Foi identificado no estado de Pernambuco 232 casos confirmados de sífilis em gestantes no ano 2012. Dos 185 municípios do estado, a capital Recife é a cidade com mais casos notificados de sífilis em gestantes 82 (35,34%), seguida da cidade de Petrolina com 13 (5,30%), situada no sertão do estado. A maioria das gestantes infectadas com sífilis, 163 (70,25%) eram mulheres entre 20 e 39 anos. Observou-se 47 (20,25%) gestantes com escolaridade entre a 5ª e 8ª série e 146 (62,93%) eram pardas. Identificou-se que 94 (40,51%) das gestantes tinham a variável escolaridade ignorada e 33 (14,22%) tiveram a variável município de residência ignorada. A maior ocorrência de sífilis na gestação foi encontrada em mulheres adultas, com menos de oito anos de escolaridade, de cor da pele parda e de cidades distintas, a capital do estado e a metrópole do Sertão do São Francisco. Combater a sífilis tem sido um processo desafiador para as equipes de atenção primária em saúde. Visto que o Ministério da Saúde tem investido através da Rede Cegonha, com a implantação dos testes rápidos para triagem da sífilis na unidade básica de saúde através do acolhimento, na primeira consulta da gestante e de sua parceria sexual; no início do terceiro trimestre de gestação, e no hospital, na hora do parto4. A equipe multiprofissional da unidade básica de saúde tem papel fundamental ao combate à sífilis. A realização de trabalhos de rastreamento na comunidade de área adscrita do serviço e trabalhos educativos à população de maior vunerabilidade à exposição da sífilis poderá contribuir para a redução da infecção materno-infantil.