Introdução: Nas últimas décadas, o movimento de reforma psiquiátrica no Brasil surge como novo paradigma no entendimento de doenças mentais e suas terapêuticas. O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS) que tem como referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida. Objetivo: Descrever a cobertura dos Centros de Atenção Psicossocial com eixo estruturante em Saúde Mental no Brasil, bem como as unidades habilitadas. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa documental, com enfoque descritivo, exploratório, com o objetivo de mapear características e descrever o quadro de caracterização do fenômeno em estudo a partir do levantamento de dados estatísticos. Os dados foram coletados a partir do site do Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde (DATASUS) utilizando um roteiro de coleta baseado nos objetivos propostos, no ano de 2015. As variáveis utilizadas foram: Números de municípios e CAPS habilitado. Posteriormente os dados foram organizados em forma descritiva utilizando como recurso o programa Microsoft Excel 2010. Resultados: Atualmente o Brasil possui 5570 municípios, com população de 202.799.518 habitantes. Entretanto, mesmo com a restruturação da Rede de Atenção em Psicossocial (RAPS) em 2011, hoje, apenas 27% dos municípios Brasileiros possui o CAPS. Contudo, até maio de 2015, o Ministério da Saúde habilitou apenas 1.074 CAPS I, 481 CAPS II, 86 CAPS III, 203 CAPS i, 306 CAPS ad e 72 CAPS ad 24h. Conclusões: Após analisarmos este estudo, evidenciamos que no decorrer de mais de três décadas de luta da reforma psiquiátrica, apenas 27% dos municípios brasileiros tem cobertura pelos Centros de Atenção Psicossocial. Entretanto, os CAPS surgem como um novo paradigma como modelo de assistência em saúde mental e contribuindo para a desinstitucionalização dos manicômios, buscando a reinserção social, e principalmente um atendimento holístico usuário/família.