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Anais - 18º CBCENF

Resumo

Título:
A EQUIPE DE ENFERMAGEM E SUA RELAÇÃO COM A MORTE EM UM PRONTO SOCORRO DE UM HOSPITAL GERAL
Relatoria:
KLICIA DE MOURA DANTAS
Autores:
  • Johny Carlos de Queiroz
  • Jackeline Carminda Cabral de Freitas
  • Bárbara Rebecca Fernandes de Farias
  • MARIA LAUDINETE MENEZES DE OLIVEIRA
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Gestão, tecnologias e cuidado
Tipo:
Monografia
Resumo:
Durante o exercício profissional, os enfermeiros seguem normas e condutas objetivando salvar vidas, evitando a morte. Quando esta se faz presente pode causar tristeza, frustração e estresse diante de um corpo inerte de uma pessoa para o qual se prestou cuidados, se dedicou tempo, energia, carinho, amor, se trocou palavras e até mesmo se riu lado a lado, causando estranheza. No Entanto, numa dinâmica de Pronto Socorro, onde tudo ocorre muito rápido, habitualmente lhes é negada a possibilidade de reflexão acerca desses acontecimentos e a externação dos próprios sentimentos, contribuindo para a criação de profissionais reprimidos. O objetivo da pesquisa é compreender a concepção de morte e morrer que permeia a prática da equipe de enfermagem e identificar os fatores que contribuíram para a construção dessa concepção. Caracteriza-se como uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, realizada no Pronto socorro do Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia, localizado no município de Mossoró/RN, tendo como sujeitos dezoito profissionais de enfermagem, dentre eles enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado uma entrevista semi-estruturada, com questões abertas e fechadas. A análise foi fundamentada pela análise de conteúdo de Bardin. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, protocolo nº 052/2009. Obtiveram-se múltiplos significados a acerca do conceito da própria morte e da morte alheia, contribuindo para uma pesquisa mais subjetiva. Ficou evidente a falta de preparo para o enfrentamento dessa situação, de forma que muitos se apegaram aos preceitos religiosos ou do senso comum, ao qual foram instruídos. Diante disso é perceptível a necessidade de se revitalizar esses atores no que concerne a atuação com a morte e o morrer, levando em consideração que eles mesmos alegaram ter uma carência atual, mostrando-se interessados em participar de momentos alusivos a esse tema. Adentramos em um espaço pouco conhecido, beneficiando os profissionais que puderam repensar seus conceitos e práticas em relação à morte e o morrer a partir de nossas incitações, assim como os leitores que se fizeram inquietos diante das repercussões advindas da pesquisa e o resultado se traduz em um espetáculo não mais atuado somente pela vida, mas dividido com a morte.