Introdução: A Primeira Semana Saúde Integral foi instituída no Brasil por meio da Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil, que consiste em recomendações do Ministério da Saúde, definindo diretrizes na identificação de linhas de cuidado para designar ações por parte dos profissionais de saúde imprescindíveis aos primeiros sete dias de vida do recém-nascido (RN). Objetivo: Objetivou-se desvelar a relevância da Primeira Semana de Saúde Integral para a atenção qualificada ao recém-nascido. Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, que foi construído a partir da vivência em estágios práticos de discentes da Graduação e Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal da Paraíba, no mês de Outubro de 2014, em acompanhamento às consultas de puericultura de uma Unidade de Saúde da Família da cidade de João Pessoa-PB. Resultados: Durante a realização de visita domiciliar a um RN, sexo feminino, dezoito dias de vida, foi observado o descumprimento do que é preconizado, pois a primeira visita ao binômio mãe e criança ainda não havia sido realizada, o que pode ter acontecido pelo desconhecimento dos profissionais, responsáveis pelo acompanhamento da criança, acerca das recomendações do Ministério da Saúde, ou mesmo devido à falta de tempo imposta pelo cotidiano de trabalho. Além disso, percebeu-se que a mãe não tinha nenhum documento proveniente da maternidade com as informações pertinentes ao nascimento, e não possuía a Caderneta de Saúde da Criança. Conclusão: O descumprimento do que o Ministério da Saúde propõe, leva à descontinuidade e à quebra na integralidade do cuidado, com prejuízos para o acompanhamento satisfatório da criança. Faz-se necessário refletir acerca do processo de trabalho desenvolvido, para que esses acontecimentos sejam minimizados, possibilitando a qualidade na atenção e contribuindo para reduzir o alto índice de mortalidade neonatal ainda vigente.