INTRODUÇÃO Com aproximadamente 530 mil casos novos por ano no mundo, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, sendo responsável pelo óbito de 274 mil mulheres por ano. As taxas de incidência estimada e de mortalidade no Brasil apresentam valores intermediários em relação aos países em desenvolvimento, porém são elevadas quando comparadas às de países desenvolvidos com programas de detecção precoce bem estruturados. (INCA, 2014). OBJETIVO Identificar o conhecimento e os fatores associados a não realização do exame citopatológico de colo de útero METODOLOGIA Estudo descritivo realizado com 120 estudantes, os dados foram analisadas por meio de estatística descritiva, utilizando gráficos e tabela. Foi aplicado um questionário nos Cursos de Licenciatura e nos Cursos de Saúde com informações para constituir dados sociodemográficos e fatores associados a não realização do exame. RESULTADOS: Em relação aos dados sociodemográficos, no que diz respeito à faixa etária, nota-se que nos cursos de Licenciatura das 69 estudantes entrevistadas 44 (63,77%) estão na faixa etária de 19 a 30 anos, e 25(36,23%) estão na faixa etária de 31 a 40 anos. Nos cursos de saúde 51(100%) estão na faixa etária de 19 a 30anos. Com relação ao estado civil nos cursos de licenciatura 44 (63,77%) são solteiras, 14 (20,29%) são casadas, e 11(15,94%) convivem em união estável. Nos cursos de saúde 44 (86,28%) são solteiras e 7 (13,72%) são casadas.Com relação à escolaridade 61(88,40%) possuem ensino médio e 8 (11,60%) são graduadas. Nos cursos de saúde 51(100%) possuem ensino médio. Com relação à não realização do exame de colo de útero nos Cursos de Licenciatura em Pedagogia (60%) das estudantes, citaram vergonha de se submeter ao exame, (15%) medo do resultado, 10% classifica o exame como desagradável e constrangedor e (5%) relatam não haver a necessidade de se submeter ao exame citológico. Já as estudantes do curso de Letras (55%) sentem vergonha, (10%) apresenta medo do resultado do exame, (15%) acha desagradável e incomodo o exame. Para estudantes de História (30%) têm vergonha, (23%) afirma ter medo, (20%) não acha necessário. CONCLUSÕES: Constatou-se no final deste estudo que as estudantes dos cursos de saúde obtiveram maior conhecimento sobre o HPV. Já as estudantes dos cursos de Licenciatura apresentaram conhecimento inadequado, sugerindo que não estão recebendo informações sobre o exame e os benefícios para a saúde da mulher.