Anais - 18º CBCENF
Resumo
Título:
ACOMPANHAMENTO COLETIVO DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA: DIFICULDADES PARA SUA OPERACIONALIZAÇÃO
Relatoria:
KAYNARA TÂNIA DE LIMA GALVÃO
Autores:
- Ilana Barros Gomes Medeiros
- Tayná Nogueira de Macêdo
- Akemi Iwata Monteiro
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, política e vulnerabilidade social
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O acompanhamento coletivo do Crescimento e Desenvolvimento (CD) da criança consiste em uma prática grupal, para reorientar o modelo assistencial biomédico, utilizando de tecnologias leves que proporcionem empoderamento para os usuários, os quais poderão se tornar protagonistas no cuidado. Nesse caso, o profissional deixa de ser o detentor exclusivo do conhecimento e passa a ser um facilitador de ideias. Este estudo tem como objetivo identificar quais as dificuldades encontradas para a operacionalização do acompanhamento coletivo do CD da criança, sob a ótica de enfermeiras. Trata-se de pesquisa qualitativa, tendo com método a pesquisa-ação, desenvolvida em quatro Estratégias de Saúde da Família (ESF) do município de Natal/RN, com uma população de 11 enfermeiras. Foram incluídas aquelas com experiência mínima de seis meses no acompanhamento coletivo e que trabalhassem na ESF selecionada, e excluídas aquelas que não realizassem este acompanhamento. Para a coleta de dados utilizaram-se as técnicas de grupo focal e observação participante, e para análise, o método de Paulo Freire. O acompanhamento coletivo do CD traz vários benefícios, porém, a sua operacionalização passa por dificuldades que vão desde a falta de apoio dos outros profissionais de saúde à falta de recursos materiais e espaço físico. Conforme os discursos das enfermeiras que participaram da pesquisa, para a realização do CD coletivo de forma ideal, é importante que todos os profissionais de saúde estejam envolvidos. Esta realidade, porém, não é observada, uma vez que as enfermeiras acabam realizando as atividades propostas sozinhas, o que gera uma sobrecarga de trabalho e falta de motivação: “Então, assim, eu acho que uma das dificuldades que a gente tem é porque a equipe não é totalmente envolvida. Só quem leva o CD coletivo somos nós, as enfermeiras” (ENF 2). Outra dificuldade reside na escassez ou limitada quantidade de recursos materiais, o que dificulta o processo de trabalho. A estrutura física é outra grande dificuldade, pois as enfermeiras tem que improvisar locais para o acompanhamento coletivo de CD seja realizado pois as salas são apertadas e inadequadas para isso. Neste ínterim, percebe-se que as enfermeiras são desejosas de operacionalizar um fazer coletivo de forma qualitativa, porém, interagem com concretas dificuldades que impossibilitam o fornecimento de um cuidado ideal. Assim, surge a necessidade do planejamento e implementação de ações que possam suprir os referidos entraves.