Durante a gravidez, muitos valores culturais podem interferir nas práticas sexuais dentre eles estão o medo de comprometer a vitalidade do feto, crenças religiosas e o desconforto no momento do coito. Entender a vivência do companheiro neste período quanto às práticas sexuais, é entrar em um universo de valores que podem e devem ser trazidos para discussão e estudo nas consultas de pré-natal. A pesquisa teve como objetivo geral conhecer a vivência das práticas sexuais do companheiro da gestante adolescente, e objetivos específicos de descrever a presença de fatores culturais que possam impedir a realização de práticas sexuais durante a gravidez, apreender quais os seus anseios e dúvidas sobre as práticas sexuais no período gestacional e verificar o conhecimento do companheiro sobre relação sexual na gestação. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada no período de maio de 2014 a abril de 2015 e a coleta de dados,feita através de uma entrevista semiestruturada que foi gravada, com questionamentos relacionados às práticas sexuais durante a gestação, foi realizada através de visitas domiciliares aos companheiros que residiam no bairro Mutiri, no município de Crato-CE. Como critérios de inclusão na pesquisa os participantes deveriam: a)ser do sexo masculino; b)ser companheiro da gestante adolescente de 10 a 19 anos cadastrada na ESF do bairro. A organização e análise dos dados foram feitas através da categorização temática, conforme explicada por Minayo. Os resultados do presente estudo nos mostraram que os companheiros das gestantes relataram a gravidez como algo positivo, representando como algo bom em suas vidas. Não obstante, a gravidez era vista como fator que diminuía seu convívio social e mudança no convívio íntimo do casal. Quanto às práticas sexuais, os companheiros relataram satisfação, insatisfação, abstinência e medo de machucar o bebê. Conclui-se que conhecer as práticas sexuais do companheiro durante a gravidez da adolescente foi de grande proveito, por que proporcionou evidenciar lacunas no campo de pesquisa sobre práticas sexuais nessa fase vivenciada pelo homem, e possibilitou compreender a grande importância do enfermeiro no acompanhamento pré-natal, pois o mesmo tem o papel principal de realizar educação em saúde.