Observa-se a necessidade de um estudo acerca do absenteísmo-doença como modo de apresentar a forma como o assunto é visto a partir de um grupo de publicações, visto que é de suma importância, no ambiente capitalista atual, a principal ferramenta de produção é a humana. Objetiva-se conhecer a vulnerabilidade do processo saúde doença dos profissionais técnicos de cunho administrativo/burocrático e docentes de uma instituição de ensino universitário a partir do modo que o assunto vem sendo abordado em pesquisas mais recentes. Trata-se de revisão sistemática de trabalhos científicos que estudaram a prevalência de adoecimento entre servidores públicos ligados a instituições de ensino públicas e que tenham cargo de caráter técnico-administrativo (burocrático) ou docentes através de busca na base de dados SCIELO, observando os anos de 2006 a 2015, que fossem em português e da área temática Ciência da Saúde. Como o caráter funcional dos profissionais se diferencia, a busca foi caracterizada por duas expressões chave, “Saúde do Trabalhador Público” e “Saúde Docente”. Quando o termo usado foi “Saúde do Trabalhador Público”, obtivemos um número de artigos significativamente menor do que quando usada a expressão “Saúde docente”. Com a observação dos dados, pesquisas apontaram que os 05 (cinco) principais motivos de licença por doença, seriam transtornos mentais e comportamentais, doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, lesões, envenenamentos e outras consequências de causas externas, doenças infecciosas e parasitárias e doenças do aparelho circulatório. Podemos observar índices de absenteísmo que podem chegar a 60% em período curto, bem como que as situações de doença também podem variar de acordo com a função exercida, carga horária, gênero, situações vivenciadas pelo servidor e fatores sociais. Quanto aos docentes há uma centralização de publicações tratando de saúde vocal, que entre outros apontam que em alguns casos até 30% dos profissionais já precisou se afastar por problemas relacionados a voz. Quanto a problemas mentais, pesquisas apontam que os mesmos estão intimamente ligados a situações vivenciadas no ambiente escolar. Foi observada concentração de publicações quando tratamos da função docente, principalmente quando tratamos da voz, negligenciando-se as demais situações, bem como a falta de pesquisas específicas sobre servidores de caráter administrativo/burocrático.