INTRODUÇÃO: Diante da terminalidade da vida, os seres humanos assim como seus familiares passam por momentos difíceis e conflitantes, e respeitar a individualidade de cada ser é algo importante no desenvolvimento das relações humanas. Faz-se necessário, portanto, que a assistência de enfermagem ao paciente terminal volte-se para a humanização, no intuito de promover a qualidade de vida dos sujeitos envolvidos no processo, respeitando os princípios biopsicossocial e espiritual de cada um. OBJETIVO: Compreender e analisar a importância das condutas éticas na assistência de enfermagem visando um cuidado humanizado aos pacientes terminais. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, desenvolvida a partir de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), realizada em junho e julho de 2015, utilizando como descritores: paciente terminal, morte, assistência de enfermagem e ética. Foram encontrados 28 artigos, e selecionados 15 artigos que melhor atenderam aos seguintes critérios de inclusão: responder ao objetivo do estudo, publicados entre os anos de 2010 a 2015, disponíveis na íntegra e em língua portuguesa, espanhola e inglesa. RESULTADOS: Na terminalidade de vida nenhum recurso terapêutico curativo é válido, uma vez que o paciente é considerado irrecuperável. Os cuidados paliativos surgem como uma forma humanizada de cuidar, objetivando garantir a melhor qualidade de vida ao paciente, atuando no controle da dor e no alívio dos demais sintomas. A assistência de enfermagem é indispensável nesse momento, pois além da profissão estar direcionada à preservação da vida, busca também o alívio do sofrimento de todos os envolvidos no processo de morte com dignidade, preconizada pela Lei do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN – 311/2007). A assistência ao paciente permite que o enfermeiro examine seus próprios sentimentos em relação à morte e, ao mesmo tempo, utilize todo o seu conhecimento de enfermagem e discernimento para proporcionar conforto físico e emocional. CONCLUSÃO: É nítida a importância do cuidado humanizado ao paciente terminal, o qual envolve princípios éticos, profissionalismo, amor e dedicação do profissional de Enfermagem, ainda que o paciente vivencie o processo de terminalidade. Espera-se que este estudo favoreça a superação de alguns desafios atitudinais e de infraestrutura que ainda perpassam pela assistência de enfermagem, a fim de que exista um cuidado ético e de qualidade enquanto houver vida.